09 abril 2014

Tempos difíceis

Na Libertadores, o Trétis conseguiu ser o primeiro clube brazuca a se despedir da competição. Partiu precocemente depois de uma jornada fraca nesta primeira fase. A derrota em casa para o Vélez custou caro ao time, que tinha que ganhar do fraco Strongest na famigerada altitude, onde o time boliviano dificilmente perde. Também pesou a tentativa de usar o Imperador deposto, Adriano, que pouco fez em campo - mesmo quando atuando pelo campeonato paranaense, junto à gurizada do Furaquinho. Nesta primeira fase, quem tem se mostrado mais capaz é o Grêmio, comandado pelo ex-coxa-branca Enderson Moreira. O time é primeiro em sua chave com certa folga e tem mostrado um pouco mais de futebol que os conterrâneos. Como o Cruzeiro, atual campeão brasileiro que tem penado para ganhar uma partidinha na competição continental. Vai ter que torcer por outros para passar à próxima fase. Já o Galo, atual campeão das Américas, vai bem, mas carece de substância. Ronaldinho, por exemplo, fica mais fora que dentro de campo... O fato é que a Libertadores da América já teve dias melhores. O nível atual é muito abaixo do que já vimos em outras edições. Nossos times, por exemplo, nunca estiveram tão mal dentro de campo. Ainda assim, continuam melhores que os concorrentes, pois são mais organizados, arrecadam mais e têm mais estofo. Mas é lamentável ver como a principal competição do principal esporte das Américas continua muito mal organizada.
Nos combalidos Estaduais, várias surpresas. No Paranaense, alcunhado "Ruralzão", dada a falta de interesse dos times da capital, a disputa ficou entre o Maringá (que não é mais o Grêmio Maringá) e o Londrina. Cada um despachou um da dupla AtleTiba, de forma melancólica para os torcedores curitibanos. O Coxa, que encarou a competição com mais seriedade, pipocou contra o Maringá e não teve forças para reverter o placar do jogo de ida. Já o Londrina foi épico ao reverter um cenário amplamente desfavorável contra o Furaquinho, enfiando um sonoro 4x1 que deixou muitos atleticanos desenxabidos. Em São Paulo, o caneco é disputado entre Santos, favorito, e Ituano, ambos do interior. O Peixe veio com garbo e escolta, mas encontrou sérias dificuldades contra o time de Itu, que marcou um golaço e cerrou fileiras na zaga, segurando o placar. Dificilmente o Santos jogará tão mal uma outra partida, mas a tarefa não é fácil. Comandado por Juninho Paulista na cartolagem e por Doriva no comando técnico, ambos ex-boleiros, o time tem incomodado muito com sua defesa aguerrida e ataques espinhosos articulados por Jackson Caucaia. No Rio, a final está entre Vaishco e Framengo, já que o Fluminense, com o elenco mais caro e mais badalado amarelou. O ambiente no clube Tricolor azedou de vez com a briga declarada entre o presidente, Peter Siemsem, e a patrocinadora Unimed, representada por Celso Barros. Peter tenta diminuir a influência da patrocinadora no time, o que gera os atritos. A Unimed, que enfia a grana, quer mandar. Está criada a cizânia.

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