Como já esperado, confirmou-se a queda dos cariocas Fluminense e Vaishco à Série B do Campeonato Brasileiro. O Flu ainda se torna o primeiro campeão brasileiro rebaixado logo após a conquista do certame. Em comum, além do péssimo desempenho em campo, está a conturbada administração dos clubes. No cruzmaltino, Roberto Dinamite, ídolo do clube, não consegue fazer sua gestão engrenar. Eleito pela primeira vez em 2008 e reeleito em 2011, sua passagem como cartola na Colina amarga a pecha de, no mínimo, pouco marcante, com acusações de desvios de conduta por parte da oposição e com o time rebaixado pela segunda vez à Segundona. Desconhecemos os meandros e as disputas internas, que não devem ser poucas, já que Eurico Miranda, seu desafeto e principal opositor, é um gângster que usa todas as formas, lícitas ou não, para fazer valer suas vontades. No Tricolor, a desavença com o principal patrocinador, a Unimed, saiu caro. Bancando boa parte dos salários do elenco do time, incluindo a comissão técnica, o patrocinador costumava impor suas vontades sem muita resistência, até a eleição de Peter Siemsen, que resolveu mudar as regras do jogo. Sua reeleição mostra que tem fôlego para continuar na empreitada, mas não significa que será fácil. Lidar com a torcida em revolta pelo mau desempenho dentro de campo e, ao mesmo tempo, alterar o equilíbrio de poder dentro do clube é uma tarefa "dificilíssima", como diria Leovegildo Lins da Gama Júnior, o Capacete.
Mas, o destaque da última rodada ficou com as lamentáveis, decepcionantes e repugnantes cenas de violência protagonizadas em Joinville pelos torcedores do Atlético e do Vaishco. Uma barbárie sem precedentes, com panoramas dignos de qualquer filme de pancadaria. É impressionante como não conseguimos organizar minimamente a competição mais importante do esporte mais apreciado por essas bandas. Uma mostra inequívoca de nossa incompetência administrativa. Uma declaração clara de que nossa sociedade é selvagem, composta por gente burra, muito burra.
Que os feridos se restabeleçam e que os culpados sejam mesmo identificados como prometeu o Atlético, mandante do jogo e, como tal, responsável por prover as condições de jogo e dos torcedores. Que os culpados sejam punidos exemplarmente e nunca mais voltem a um estádio de futebol.
É o mínimo.
E vem uma Copa para cá?
Foto: Giuliano Gomes/Gazeta Press
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