16 dezembro 2012

Quando tudo dá certo

O final de ano será de muita alegria para a massa alvi-negra de São Paulo. Finalmente, o Corinthians ganhou um campeonato mundial de clubes de verdade e ganha fama e prestígio internacionais, acabando com a ladainha de piadinhas a respeito da falta de passaporte para a maloqueirada e similares. Os fanáticos torcedores, que invadiram Yokohama e promoveram arruaças, voltam para casa (pelo menos aqueles que não estão em cana) com o peito estufado e orgulhosos do time. Os jogadores entram para o rol de herois do clube e Tite se consagra como o treinador que levou o Timão ao título da Libertadores e do Mundial, concorrendo ao maior técnico do Timão de todos os tempos - quem diria?.
Galhofas à parte, o Corinthians mereceu levar o mundial já que o Chelsea não jogou nada. Entrou em campo, mas pouco ofereceu de risco real contra o time brasileiro além de alguns lances isolados que esbarraram na incompetência ofensiva do time londrino. Rafa Benitez errou ao não colocar Oscar em campo, que poderia arranjar algum espaço na lerda defesa corintiana. E os astros do time inglês ficaram devendo. Mata e Hazard, de quem se esperava mais inspiração, ficaram só no confete, enquanto Torres errou tudo, literalmente. De bom mesmo no time de azul (o Chelsea, para as incautas), David Luiz, corintiano de coração. Com a derrocada, o Chelsea afunda na crise e continua alvo das críticas da imprensa britânica.
Do lado brazuca, nem tudo foi calma e sossego. Tite também manifestou temor pelo jogo ao escalar Jorge Henrique para ajudar na defesa. E o melhor do time foi o goleiro, Cássio, que operou alguns milagres. A surpresa ficou por conta do atacante Guerrero, o peruano perna-de-pau que mostrou ser um incansável no ataque. Correu, incomodou e deu margem para os avanços do time, além de marcar os dois gols corintianos no certame!
Hão de convir os corintianos que a sorte andou do lado do Timão desde a Libertadores. Contra o Santos, o time levou um baile do Peixe e achou um gol salvador. Contra o Vaishco, Diego Souza se encarregou de perder um gol feito e deixou o Timão se safar. Contra o Boca, na Bombonera, a única bola que o time achou, fez o gol salvador de Romarinho. Aliás, se pensarmos bem, até no jogo do Flu contra o Boca a sorte ajudou o Corinthians. Afinal, não fosse a eliminação do time carioca por um detalhe, o mundo não estaria pintado de preto e branco, mas de verde, branco e grená.
TEVE PARA TODO MUNDO - No aeroporto paulistano, o aviso de quem se preparava para vibrar com o time no Japão. A favela embarcou, mas os condomínios de luxo também
A maloqueirada está em festa.
Foto: Nacho Doce/Reuters

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