24 outubro 2012

Comparações


No Campeonato Brasileiro, o bafafá é a arbitragem. Mais especificamente, o chororô do Galo contra uma suposta tendência de favorecimento ao atual líder, Fluminense, em algumas partidas. Obviamente, tudo isso não passa de choro de invejosos, já que seria ignorar toda a campanha que mostra a superioridade do time Tricolor. Claro que o Galo também fez uma belíssima campanha, digna de ser coroada com o caneco em outros tempos, não houvesse o Fluminense ter carimbado um desempenho absurdo, que pode vir a ser o melhor da era dos pontos corridos. No embate entre os ponteiros, deu Galo, com justiça, já que o time mineiro se impôs em campo e comandou a partida. O que não evitou ser uma partida dramática, exigindo do Galo toda sua fibra e persistência contra um Fluminense dito "cirúrgico". Aliás, o Flu costuma adotar essa postura de aguentar na defesa para sair nos contragolpes que pode acabar custando caro. O time exagera no recuo e deixa muito espaço para o adversário tocar a bola, enquanto o Flu possui justamente armas de toque de bola, com Deco e TNeves, que podem também ditar o ritmo da partida. Mas o Galo tinha uma trinca infernal, com Jô, RGaúcho e Bernard, que pressionaram a retaguarda Tricolor até o fim, conseguindo o milagroso gol aos 47min do segundo tempo para decretar a vitória mineira. Muito embora os Tricolores desejassem a vitória para sepultar de vez qualquer tipo de ameça ao reinado da camisa mais bonita do Brasil, quiçá do mundo, devemos reconhecer que a vitória do Galo ainda suscita alguma esperança, salutar ao certame.
Já no âmbito esportivo, o assunto da moda é o desempenho de Messi, que está para igualar a marca do Rei Pelé, de 75 gols em uma mesma temporada (um mesmo ano). Faltam 4 para "La Pulga" igualar-se ao brasileiro. E aí começam inevitavelmente as comparações, mais para efeito de notícia do que efetivamente comparar desempenho - e olhem que o recordista nem é o Pelé, mas Müller, com 85 gols em 1972 pelo Bayern e pela seleção alemã. É fato que Messi, aos 29 anos, é um assombro, o melhor sobre a face da Terra indiscutivelmente. Porém, seu desempenho só será medido ao final da carreira. Até lá, ainda há chão. Precisa brilhar em uma Copa do Mundo? Há quem diga que a importância do desempenho em selecionado nacional esteja em segundo plano.
Ainda assim, pergunto se há como igualar o que fez Pelé, que não só jogou muito, como transformou o esporte bretão em seu país. Antes de Pelé, o futebol era muito amador, restrito a boêmios. Depois dele, uma paixão nacional alçada à estratosfera aqui e lá fora. Obviamente não só por causa dele, mas muito por causa dele. Atualmente, Messi está para superar Maradona como o melhor jogador argentino de todos os tempos - isso se nem discutirmos Di Stéfano, claro.
Veremos...
Você sabia?
Na copa de 1934 o Brasil passou da primeira fase sem jogar, pois o Peru, seu único adversário, desistiu. 

Pelé e Messi
Messi chega lá? Ou já chegou?

Um comentário:

Anônimo disse...

Pelé > Messi > Maradona
- gosto dos três