25 abril 2012

Tropeços

Os resultados mais recentes do ludopédio, tanto aqui como lá fora, nos remetem aos tropeços dos times cotados como favoritos, seja por momento, seja pela camisa. A exceção, claro, foi o Framengo, que caiu de maduro na Libertadores e no Estadual. Demorou para surtir efeito a velha receita da soma de desmandos, privilégios e falta de pulso.
Na Champions League, o destaque ficou por conta da queda dos espanhóis nas semi-finais. O Barça, decantado em verso e prosa depois de sovar o Peixe na final do Mundial de 2011, foi contido pelo Chelsea, time tecnicamente inferior que se apegou à retranca sem a menor vergonha para tentar o contragolpe. Funcionou. Em jornada infeliz do time catalão, os ingleses cerraram fileiras, contaram com uma boa dose de sorte e avançaram à final, com brilho particular do brazuca Ramires, que deixou sua marca em dois jogos. A participação apagada do astro Lionel Messi no jogo de volta, em casa, no qual até pênalti perdeu, ajuda a explicar a derrocada do time azul-grená. O que não desmerece a perseverança inglesa, mas fica a marca do "apagão" do argentino após perder a cobrança do tiro fatal. O Real, por sua vez, enfrentou um adversário mais qualificado, que fez um jogo pau-a-pau, com alternância de pressão e sufoco de ambos os lados. Do mesmo modo que o conterrâneo da outra semi-final, o time merengue abriu 2x0 e parecia se encaminhar à classificação. O gol solitário do time alemão levou a decisão à loteria dos penais, quando ambos os elencos demonstraram nervosismo, perdendo diversas cobranças. Melhor para o Bayern, que desperdiçou menos e saiu para a final com fervor.
No Paulista, o regozijo foi geral. A eliminação do Curíntia deu ampla satisfação a todos que apreciam um fiasco dos Gambás. Melhor classificado na fase classificatória, o time do estádio que mais consumirá recursos públicos do planeta encarou a Ponte Preta e achava que podia passar fácil. Uma falha do nada confiável Júlio César fez a maionese maloqueira desandar. Embora até tenham tentado se recuperar, os comandados de Tite não mantiveram o bom desempenho dos jogos anteriores e sucumbiram ao alvi-negro de Campinas. Já o Parmêra não causou tanta surpresa, pois vinha de desempenho em franca decadência. Após ser líder do certame, decaiu até classificar-se sofridamente para o mata-mata. Encarou o Guarani e ficou pelo caminho, sem maiores delongas.
Esses acontecimentos é que fazem do futebol o esporte mais imprevisível.
Obras na Gávea

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