11 fevereiro 2009

Veni, vidi, vici.

Mas a vitória sobre a Azzurra não foi assim soberba como a mídia apregoa. Jogamos melhor, sobretudo no primeiro tempo, mas os comedores de macarrão também deram muita sopa. No lance do gol do Robinho, por exemplo, Pirlo asistiu-o passar à sua frente, adentrar à área, sambar na frente da zaga e arrematar, sem ao menos acossá-lo, como se fosse mero espectador da cena. Isso tudo depois de entregar o melão ao melhor estilo Braz Pantufa!
A Itália poderia ter aberto o marcador caso o árbitro inglês Mike Riley não tivesse invalidado o gol legítimo de Grosso logo aos 3min de partida. Aos 12min, Elano marcou um gol que, embora tenha resultado de uma tabelinha bacana, contou com a ajuda providencial do acaso, com a bola sobrando aos seus pés após a intervenção do zagueiro.
Enfim, ganhamos jogando melhor que um rival apático, mesmo sem o nosso melhor valor. Nada mais que a obrigação. Valeu para desempatar o retrospecto (agora temos uma vitória e dois gols de vantagem) e para ver que Marcelo deveria ter entrado faz tempo naquela lateral esquerda. Difícil vai ser aturar o Dunga dizer que 'estudou a Itália' e 'sabia tudo sobre o esquema de jogo'. Como se ninguém soubesse que a Itália joga na retranca e no contragolpe...
Ronaldo Gaúcho, embora tenha evoluído, com uma movimentação melhor, ainda está longe daquele que vimos assombrar o mundo. Robinho ainda é aquele que, quando quer jogar, cria os espaços e as oportunidades. E Adriano, bem, esse é amigo do bar. Penso que Fred, agora jogando em um time grande, volte a despontar no cenário e use a 9 amarela.
A meiúca pode abrir mão de Gilberto Silva, Josué e outros cabeções. Temos Lucas, Anderson, Hernanes, Thiago Neves... Gente que sabe sair jogando. Aliás, quem é esse Felipe Melo?
Na zaga, temos um ótimo valor na reserva, Thiago Silva, que fará sombra ao gardenal e ao Juan, que já começam a ficar velhos. Além dele, Alex, já testado, completa a cerca. A minha ressalva ainda é o Maicon, que é forte, corre para chuchu, mas fica nisso.
No gol, Júlio César mostrou que é o nome. Ademais, nem temos outro para colocar mesmo... Mas o cara esteve bem quando exigido. A defesa de reflexo no chute de Lucca Toni na etapa complementar demonstrou que o caboclo merece estar lá. Qualquer outro é reserva e temos uma renca de nomes de valor similar.

BRASIL 2
Julio César, Maicon, Juan (Thiago Silva), Lúcio e Marcelo; Felipe Melo, Gilberto Silva (Josué), Elano (Daniel Alves) e Ronaldinho; Robinho (Júlio Baptista) e Adriano (Alexandre Pato).
Técnico: Dunga
ITÁLIA 0
Buffon; Zambrotta , Cannavaro, Legrottaglie e Grosso; De Rossi (Aquilani ), Pepe (Camoranesi), Pirlo (Dossena), Montolivo (Perrota ) e Di Natale (Rossi); Gilardino (Toni).
Técnico: Marcelo Lippi
Gols: Elano, aos 12, e Robinho, aos 26 minutos do primeiro tempo.
Árbitro: Mike Riley (ING)
Renda e público: Não disponíveis
Estádio: Emirates, em Londres (ING)

3 comentários:

Anônimo disse...

"Fred, agora jogando em um time grande" é pra acabar! Nem semifinal da Guanabara vcs pegam! hehehe

Anônimo disse...

Só assisti o segundo tempo, e os 'tutti bona gente' amarelaram mesmo.
Agora patética foi a "atuação" do Adriano Pudim de Cachaça, até o Ronaldo do Corinthians tá correndo mais do que ele....

E que o atlético se foda!

BRASA disse...

Concordo com o Dimitry.
Só se justifica a escalação do Adriano (e outros) se for para queimar antes de grandes competições e o povo não ficar dizendo "se tivesse convocado fulano..".
O time da Itália foi fraco.
Mas acredito que sirva SIM para preparação para as eliminatórias.