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No campeonato carioca, teremos uma final sem brilho, sem glamur, sem charme.
O Fluminense ficou de fora por obra de um acaso justificado. Perdeu para um time que foi melhor ao longo do certame, embora não o seja no papel. E também com uma contribuição de Renato, que resolveu inovar em um time ainda em formação, justo em uma partida decisiva, mantendo Dodô no banco. Embora eu sempre tenha dito que Dodô é uma mentira, o cara vinha jogando, se entrosando com o time! Para piorar o cenário, o Botafogo foi organizado em campo, extraindo o melhor de seu elenco. Pelo lado Tricolor, Arouca, Gabriel, Thiago Neves, Leandro Amaral e Washington chegavam com jogadas de efeito e toques rápidos, mas não tiravam o sossego da zaga adversária. O Fogão esperava a hora certa para contra-atacar, com Wellington Paulista no comando. Aí, Fernando Henrique resolveu dar uma mãozinha ao alvi-negro, saindo bisonhamente num escanteio e facilitando a vida do adversário. O argentino Conca até que tentou dar nova cara ao Fluminense, que queria a todo custo igualar o placar, mas o Botafogo, com inteligência, segurava-se na defesa. Enquanto o Tricolor se baseava em lampejos individuais, o grupo alvinegro se protegia. "Artistas" desafinados contra uma orquestra segura.
Já na outra semifinal, deu o esperado: o Vaishco amarelou e deu de bandeja a vaga aos desdentados da Gávea. O destaque do jogo foi Edmundo, reestreando em São Januário. Só que da pior forma possível! Desperdiçou um pênalti e contribuiu decisivamente para a eliminação do Bacalhau. Para agravar, saiu declarando que entrou sem condições de jogo! Oras, agora ele não sabe se pode ou não jogar? Polêmico e contraditório, como sempre.
Já no paulista, decepção dos peixeiros! O Santos conseguiu perder para o lanterna e segue na ZR, assustando a torcida. Sei não, mas vai sair muito cara essa passagem de Leão pela Vila Belmiro. O time não tem padrão de jogo, não tem unidade e parece que perdeu a vontade.