20 janeiro 2008

Clássicos

Domingão morgando em casa, toca o aparelho e o compadre Maudo chama para ir ao Couto. Já havia desistido por conta da chuva e da preguiça, mas me imbuí da responsabilidade de observador independente e fui! Em primeiro lugar, vale o comentário de que o estádio do Coxa merece mais atenção. Sinais de infiltração são evidentes e é melhor agir antes que aconteça uma barbaridade como a da Fonte Nova. Isto posto, meu nobre, vamos ao jogo...
A tônica do jogo foi a falta de criatividade. O time de verde começou meio perdido, olhando o jogo acontecer. O Trétis tinha a bola, mas carecia de competência para fazer algo de concreto. Quando a meiúca do Coxa se achou, o time melhorou e passou a dominar a partida, permitindo parcos ataques rubro-negros. Mas, se do lado da Baixada faltava categoria, do lado do Alto da Glória não era diferente. Ambas as equipes carecem de laterais. Aquele Jancarlos do Furaquinho é uma ferida purulenta! Gilberto Flores e Ricardinho, do Coxa, são horríveis, assim como Careca. Só Ken, Keirrison e Renatinho mostraram que sabiam que a bola era redonda e não mordia. Não sei como Marlos e Henrique Dias ficam no banco. Renatinho, badalado pela mídia, também se mostrou meio mascarado. O guri é ligeiro, mas acaba sendo pouco efetivo por conta das firulas. No Trétis, o veterano Claiton foi o mais lúcido. Rodrigão e Ferreira não viram a bola. O jogo se decidiu numa bola sobrada para Ferreira, que dominou e finalizou com elegância, marcando um golaço. Aí o Coxa foi para cima, sem contar com categoria para empatar e levou o gol de misericórdia no contra-ataque. Agora são 6 partidas que o Trétis não perde pro Coxa.
No carioca, os grandes confirmaram o favoritismo...
O Flu abotoou o perigoso Cardoso Moreira, em jogo morno, em que jogou o suficiente para corroborar seu favoritismo. Ou seja, novamente, o Flu promete e não cumpre, pois a expectativa era de espetáculo. Jogando contra uma galinha morta, era de se esperar que o estrelado elenco da camisa mais bonita do mundo enchesse a sacola. Como a realidade é diferente, a evidente falta de entrosamento e a covardia do adversário dificultaram a vida tricolor.
O Framengo dominou e levou 3 pontos em cima do Boavista. Também sem jogar lá essas coisas, os favelados sentiram a falta de ritmo de jogo e demoraram para se impor. Só conseguiram o gol na gata de uma contusão de Renato Souza, que deu lugar a Marcinho, que fez a jogada do gol logo de cara. O rubro-negro se acomodou e deu espaço para o adversário se arvorar em campo. Só não se deram mal graças à incompetência do Boavista.
O Botinha seguiu o mesmo enredo e jogou o bastante apenas para ganhar de um fraco adversário. Detinha mais a bola, mas não sabia como furar o bloqueio do Resende. Somente numa cobrança de falta é que balançaram o barbante, forçando o adversário a se abrir e tomar o segundo.
E o Madureira abotoou o Vaishco, em pleno São Januário. O jogo foi fraco tecnicamente, com ambos os times demonstrando pouca vontade. Só melhorou mesmo quando o Vaishco empatou, aparentando uma reação. Mas quem se deu bem, aproveitando as falhas do time da casa foi o Madureira mesmo.
No paulista, um clássico de pouco futebol...
Peixe e Palmeiras empataram em zero a zero, num jogo em que as emoções ficaram por conta da rixa entre seus treinadores. O time de branco jogava com 3 atrás, tentando impedir o avanço da meiúca palmeirense. Mas a arrumação de Leão não foi muito profícua, resultando numa certa confusão no meio de campo, deixando o treinador inquieto no banco. O Palmeiras, melhor organizado, arriscava-se mais ao ataque. O jogo só melhorou na segunda etapa, após as alterações promovidas, com o Santos se lançando mais à frente e exigindo trabalho de Cavalieri, enquanto Valdivia também aparecia mais para o jogo. Mas o 0x0 fez jus ao desempenho dos times.
Os Bambis dependeram de Souza para levar 3 pontos. Começaram mal a partida, com holofotes em Adriano. Errando muito, o tricolor até animou o Rio Preto, que até deu trabalho a Rogério Ceni. A entrada de Souza, levando Jorge Wagner para o meio, melhorou significativamente o time, que passou a jogar bola.
E o Curíntia deu mais um desalento à torcida, perdendo para o São Caetano. Era tudo o que os corintianos não queriam! Jogando mal, ainda tiveram azar em vários lances e sucumbiram, de novo, frente ao Azulão, adversário da Série B! Até gol contra do centro-avante teve. Dentinho e Lulinha entrarm no segundo tempo, melhoraram o time, mas não o suficiente para afastar o mau-olhado!
No gauchão, o Grêmio começou bem, metendo 3x0 em cima do Campo Bom. A partida marcou a estréia do técnico Vagner Mancini e dos recém-contratados Vitor, Paulo Sérgio, André Luís, Peter, Tadeu e Reinado e dos juniores Felipe Mattione e Vágner. Haja estréia! Mesmo com pouco entrosamento, o tricolor dos pampas se impôs e mandou no jogo - como era de se esperar.

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