15 setembro 2007

Rodada brasileirão 15 e 16set

Segundona
O Coxa confirmou a boa fase e segurou a dianteira ao bater o Brasiliense (que, apesar do nome, é de Taguatinga) na Boca do Jacaré. O Coxa teve dificuldades para superar o time do Luiz Estevão, marcando o tento da vitória somente aos 46min da segunda etapa. Primeiro tempo de cuidados, priorizando a defensiva. Ou sejam, poucas oportunidades de gols, com superioridade do time da casa. Mas ambas as equipes pecaram na hora de finalizar. Veio a segunda metade e o Brasiliense resolveu ir para o pau. Só que o Coxa não se mixou, equilibrou o jogo e segurou o ímpeto candango. Nos acréscimos, Túlio, que recém-entrara no lugar de Ricardinho, salvou a paróquia.

Primeirona
Decididamente, os Bambis engataram a quinta marcha. Atropelaram o Peixe no Morumbi e se encaminham a passos largos para abocanhar o caneco de 2007. Desta vez, a defesa menos vazada do campeonato não se limitou a defender, decidindo o clássico. Breno, zagueiro de 17 anos, abriu o marcador para o tricolor do Morumba. Aliás, o Peixe não ganhou nenhum clássico paulista no Brazuca 2007. No primeiro tempo, só deu Bambis! Pressão, ameaças, mas nada de gol. Afoito, o Peixe dava espaços para o São Paulo. No segundo tempo, mal tendo rolado a bola, golaço logo aos 4min. Mais 4min e Borges aumentou a conta. Aos gritos de "É campeão" a torcida da casa viu acabar o longo reinado de Rogério Ceni. Após quase 1000 min sem tomar gols, Tabata fez balançar o barbante são-paulino. Mero consolo que não elimina a dor de cabeça da derrota. O destaque ficou para o bico que Rychyarlyssyon fez, reclamando que Domingos o teria ofendido. Puta coisa de bicha.
Quem vem descendo a ladeira sem freios é o Goiás. Desta feita, levou um vareio do outrora comprometidíssimo Náutico, que era "figurinha carimbada" para a segundona. Mas o time pernambucano vem se recuperando e periga escapar da ZR. Beto Acosta marcou mais dois e vem se tornando a referência do time alvi-rubro. O Timbu tocava a bola na meiúca e esperava o vacilo esmeraldino. Deu certo. Errando muitos passes, o Goiás esbarrava na marcação nordestina. No intervalo, as mudanças na escalação inverteram o jogo: Náutico no ataque, Goiás fechado na retranca. Com a derrota, Bonamigo pegou o boné e o Goiás busca um treinador.
O Flu confirmou seu franco favoritismo e abotoou o Mecão no Maraca. Um golaço de Thiago Neves fechou o placar, mas não a ira da Diretoria, inconformada com sua indecisão para renovar o contrato. Com isto, o Flu assume seu lugar de direito: é o melhor carioca na competição - como de praxe. O Tricolor demorou a se achar na partida. Um início arrasador deu a impressão de que seria uma lavada sem igual, mas o FLu esmoreceu, deixando espaços para o time potiguar. Atuando com nada menos que 7 na zona defensiva, o Mecão dificultava o garboso futebol das Laranjeiras, que praticava o tiro-ao-alvo da meia-distância. As entradas de Cícero e Gabriel deram novo ânimo ao Tricolor, contagiando o elenco. Aí fica mais difícil segurar o time da camisa mais bonita do Brasil - quiçá do mundo. Thiago Neves comandava a meiúca, distribuindo o jogo. O gol de Alex Dias deu mais tranqüilidade ao grupo, que passou a dar espetáculo. Bonito de ver.
No meio-estádio da Kyo-cerá Arena, o Furaquinho bateu o Parmêra, respirando fora da ZR, passando o Paranito para o sufoco e tirando um alvi-verde do G4. Os atleticanos devem estar radiantes. Nunca perderam para o Palmeiras na Baixada. O jogo começou quente, com o Trétis mandando na partida e ameaçando a meta de Cavalieri. O Palmeiras não conseguia criar, deixando seu ataque isolado. A situação se resolveu quando Luiz Henrique entrou no lugar de Maquelelê. O empate ressucitou o Palmeiras, que passou a pressionar, desperdiçando chances. Cenário perfeito para o "quem não faz, toma", e foi o que aconteceu. Quando Luiz Henrique perdeu mais uma chance, Marcelo Ramos armou o contra-ataque e serviu Pedro-ou-Doni, que não ficou indeciso e desempatou para os donos da casa. O lance curioso, e preocupante, foi o choque entre Ferreira e Gustavo. O colombiano caiu desacordado e saiu de maca, enquanto o zagueiro levava o amarelo.
Mantendo o ritmo da Sul-Americana, o Fogão bateu o Curíntia. Melhor em campo, o alvi-negro carioca finalmente ganhou uma no Brasileiro, após 4 jogos. Dodô aproveitou para fazer as pazes com a bola e com a torcida, marcando seu gol de número 300. O Timão começou no abafa, buscando as jogadas com Finazzi, que perdeu uma boa chance. Aos poucos, o Fogão equilibrou o jogo e se impôs, tocando melhor o melão. Um penal não marcado poderia ter inaugurado o placar aos 17min, ma Simon marcou fora da área, perigosa para o arqueiro Marcelo. Zé Roberto ensaiava algumas jogadas, mas não tinha seqüência ou mira. A diferença técnica entre as equipes determinou o resultado. Enquanto o Corinthians se desesperava com a bola nos pés, o Botafogo procurava tocar, construir as jogadas. Essa serenidade permitiu conduzir a partida até o final, sem sofrer grandes ameaças.
Equilíbrio foi no clássico mineiro. Num jogo corrido, disputado, equilibrado, a Raposa bateu o Galo e segue na segunda colocação. Marcação azul em cima do alvi-negro, que partia para cima do adversário. Mas foi o Cruzeiro quem abriu o placar, aos 11min, com Roni. O Atlético tentou reagir prontamente, mas parou na defensiva celeste, cujo ataque se mexia velozmente, levando perigo à meta do Galo. Um penal bem duvidoso permitiu o segundo gol cruzeirense. O Galo reagiu e empatou rapidamente, ainda no primeiro tempo, mostrando muita disposição. Aliás, vontade não faltou na primeira etapa, que terminou empatada, para alívio do time de azul. Mas no segundo tempo o time alvi-negro virou, aos 12min. Mas Guilherme, que entrara minutos antes, deu seu primeiro toque na bola para marcar o gol de empate para a Raposa. Um chute fraco que entrou. Aí o Cruzeiro passou a dominar o jogo, acuando o Atlético na defesa., sobretudo com Kerlon e Guilherme. O Galo respondia com Danilinho, que explorava os contragolpes. O quarto gol cruzeirense enervou o time adversário, que até apelou para a grosseria. Coelho entrou violento em cima de Kerlon, que tentava o "drible da foca". O tempo fechou, empurra-empurra, bafafá... E o lateral do Galo acabou expulso, justamente. Cá entre nós, que bichice esse negócio de partir para a ignorância quando algum jogador inventa moda. Depois disso, foi só "olé" da torcida do time de azul.
O Paranito tomou fumo na Ilha do do Retiro e fica em posição delicada no campeonato. Outrora bem armado e até incômodo, hoje o tricolor do Paraná virou candidato ao rebaixamento, tomando o lugar do Furaquinho como aposta para a segundona. Em 2min de jogo já estava perdendo. Jogo fraco, em que o Sport foi superior e o Paranito desperta os piores temores em sua torcida.
Meia hora antes do crássico, as torcidas dos times cariocas já faziam baderna no Maraca. Na verdade, vexame mesmo deram as torcidas (des)organizadas do Framengo, enfrentando-se e protagonizando uma confusão monumental na entrada do estádio. Até bomba perto de crianças teve. Favelado é assim mesmo... Framengo e Vaishco empataram de novo nesse ano. Disposição, correria, marcação, muitas faltas, mas futebol mesmo, bem... Bruno colaborou com os vascaínos ao sair e não sair do gol, permitindo a cabeçada fácil de Leandro Amaral. O rubro-negro sentiu o golpe e perdia seu segundo jogador por contusão. Péssimo começo. Mas o Vaishco se acomodou e permitiu a reação da favela - que jogou com 5 volantes, pensem bem! Acomodou-se tanto que a zaga ficou olhando Léo Moura empatar, numa sobra boba de bola dentro da área. Com a falta de alguém que criasse as jogadas, o Framengo pouco ameaçava, deixando o Vaishco jogar. E o jogo se resumiu a um Framengo atuando na base da vontade e um Vaishco ameaçando em jogadas de bola parada. Pouco para um "Clássico dos Milhões". Tá mais para "Clássico dos Tostões".
E no Gre-Nal, deu Grêmio. Mais uma vez, o Inter dá vexame frente a um tricolor. Envolvente e eficiente, o Grêmio não deu chances ao Colorado, que vinha com Fernandão na frente, mas sem ninguém para jogar com ele. Mais uma vez, Diego Souza se destacou na meiúca gremista, comandando o jogo. Só que, depois do gol, o Grêmio se encolheu e o Inter se perdeu. E o jogo ficou morocochô.

Um comentário:

Diário de Bordo disse...

"O lance curioso, e preocupante, foi o choque entre Ferreira e Gustavo. O colombiano caiu desacordado, mas voltou ao jogo, enquanto o zagueiro levava o amarelo."... ué, no gols do chantástico mostrou que o cara teve convulsão e que tá internado sob observação até amanhã, dando a entender que o cara não voltou pra campo, e sim foi dar uma "cheradinha" pra ver se ressuscitava... deu no chantástico! Então, qual é a versaõ final?