10 setembro 2007

Rodada brasileirão 08 e 09set

O Coxa resolveu tomar vergonha na cara e assumiu a liderança da segundona, ajudado pelo Avaí, que derrotou o Criciúma - time que vem pipocando seguidamente. Finalmente a torcida do time do Alto da Glória pode respirar um pouco mais tranqüila, o que não impede ao filósofo René Simões de dar uma dura nos comandados. A vítima foi Keirrison, que, no entender do treinador, não tem ambição e, por isso, não rende o esperado em campo. Com a casa cheia de sofredores, o Coxa foi superior ao Remo, com destaque para Marlos, que, com jogadas de efeito originou o gol de estréia do placar. O Remo atuava na base da espera, mas sem competência para finalizar. Quando o Coxa já ganhava por dois de diferença, o time esmoreceu e o Remo passou a assustar, dando taquicardia na torcida local. Mas ficou nisso, e o Coxa agora sonha com a primeirona.
Já na série A, o Framengo tem pesadelos com a segundona. O time, sofrível, perdeu agora para o Inter, que já sabemos não ser nenhuma Brastemp. E foi fácil para o Colorado, que pela primeira vez venceu um time carioca no certame! De nada adiantaram para o time da Gávea o retorno dos titulares. Roger, aliás, já chamou a atenção de Joel pela apatia - que é coisa de fresquinho. O time rubro-negro não articulava nenhuma jogada, facilitando a vida do Inter, que só se aproveitou das bobeadas do Mengo. Fácil como tirar doce de criança.
Outro que vem descendo a ladeira é o Botafogo. Desta vez, foi goleado pelo quase-segundona Náutico, em noite de Acosta, que marcou 4! Verdade que o penal marcado contra o Botafogo foi inventado pelo árbitro Rodrigo Cintra, mas o futebol apresentado pelo alvi-negro foi bem ruim. Nem saindo na frente o time conseguiu se segurar. Verdade que a equipe pernambucana jogou mais do que sabe, sobretudo o uruguaio, que quase perdeu o pênalti em cobrança felicíssima. O destaque foi o empurra-empurra que os botafoguenses promoveram para cima do homem-de-preto (mas que tava de amarelo). E ninguém foi expulso por conta disso!
Para ficarmos ainda nos cariocas, falemos do Vaishco, que perdeu a invencibilidade de mais de ano em São Januário - a última derrota foi em 2006, para o Curíntia, pela Sul-Americana. E justamente para os Bambis, que comprovam o favoritismo ao caneco. São treze rodadas sem derrotas e 898min sem levar gols. Um feito amenizado pela escassez de refinamento técnico dos times que disputam o Brasileirão 2007. Os cariocas até pressionaram, apoiados pela torcida que lotou a pocilga. Quase marcaram por duas vezes, mas a trave salvou Rogério Ceni - e o São Paulo, que estava atarantado. Na segunda etapa os cariocas cansaram e permitiram a reação dos paulistas. Dagoberto, causando ainda mais saudades aos Atleticanos, fez um golaço, justificando o investimento. O gol desanimou o bacalhau, que não conseguia furar a retranca Bambi.
O Cruzeiro não deixou o São Paulo se distanciar ao superar o Grêmio no Mineirão. E com a estréia de Luiz Alberto, recém-contratado junto ao São Caetano. Os gaúchos povoaram a meiúca, dificultando as ações mineiras, que se resumiam a chutes de longe. A pressão da Raposa proporcionava chances às descidas rápidas de contra-ataque do Grêmio. O gol deu tranqüilidade aos mineiros, mas o Grêmio ainda peleava. O banho de água fria foi o segundo gol de Marcelo Moreno, que enfiou a canhota e achou o canto direito de Saja. Aí o tricolor gaúcho ficou na base do chuveirinho, sem ameaçar ninguém.
Meu primo Matheus queria me levar na roubada de presenciar o vexame do Timão na Vila Capanema. Nem de longe o Curíntia mostrou a raça que sempre caracterizou o time e proporcionou as últimas duas vitórias (contra Peixe e Mecão). E com direito ao 17º gol de Josiel, artilheiro do Campeonato Brasileiro, num pênalti infantil de Vampeta. Perdido em campo, o Timão não acertava nada e já está há 7 meses sem ganhar 3 seguidas. O paranito começou no abafa e sobrou no primeiro tempo, mesmo errando muitos passes. O Timão, fechado, esperava para sair no contra-golpe, enquanto Marinho, na zaga corintiana, testava o coração da Fiel. Quem se destacou foi Felipe, salvando umas duas boas chances criadas pelos paranaenses.
Na Vila, o Peixe manteve a escrita de não perder para gaúchos - pelo menos no Brasileirão. Nem que seja para marcar no finalzinho, com gol chorado e discutido. O Santos foi na base da "água mole em pedra dura tanto bate até que fura". O time martelou, perdendo chances seguidamente. A falta reclamada pelos gaúchos no gol santista não existiu. O goleiro trombou com sua zaga e não segurou o melão.
O destaque da rodada, mais uma vez, é o Fluzão, que superou mais um rubro-negro. Claro que o adversário não representava muito perigo, já que está decadente e fragilizado. Mas, como quem está na chuva é para se queimar, como dizia Vicente Matheus, o Tricolor não bobeou e garantiu sua ascensão na tabela. Somália voltou a marcar depois de dez rodadas, justificando o investimento do técnico Renato Gaúcho. O jogo começou equilibrado, mas o Flu soube impor seu melhor futebol, acuando o Trétis. Pela ala esquerda, com Júnior César (isso lá é nome??), o time da camisa mais bonita do Brasil, quiçá do Mundo, chegava à meta adversária, mas pecava no último passe. A essa altura, Thiago Neves já se destacava na partida, comandando o ataque do time das Laranjeiras e exigindo trabalho de Viáfara, o goleiro imitador de Higuita. COm mais domínio de bola, o FLu marcou um golaço, numa trama dentro da área atleticana, sem deixar a bola cair. O "Cirque de Soleil" já pensa em ensaiar a jogada para exibir mundo afora. O Trétis veio para a segunda etapa querendo empatar, mas quem tem Pedro-ou-Doni não tem ninguém. O Flu saía no toque de bola, envolvendo o rival e desperdiçando jogadas fáceis. Esnobava, o Flu. Depois de marcar o segundo, foi só administrar o tempo.

Seleção
O time de Dunga fez um amistoso meio maleta contra os EUA. Jogo de seis gols, coisa rara neste duelo, com o Brasil superior, como era de se esperar. Mas ficaram patentes nossas desatenções e fragilidades. Sobretudo usando uns bondes como Afonso! Não sei como é que Soneca insiste em nomes que pouco acrescentam. Ronaldinho até insinuou em alguns lances, enquanto Robinho brilhou de forma fugaz. Quando os americanos adiantaram a marcação, dificultaram as nossas ações. Cá entre nós, esses amistosos da Seleção estão muito chatos.
Quem está em apuros é o Parreira. A África do Sul só se garantiu na Copa Africana de Nações por uma combinação de resultados, ficando com uma das vagas dos 3 melhores colocados. O time só precisava do empate, mas conseguiram perder em casa para Zâmbia. Sorte que a Argélia foi derrotada pela Gâmbia!

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