26 julho 2007

Testemunha ocular

Meninos, eu vi. Num frio de rachar o coco, encarei e fui, a título de solidariedade, ao meio-estádio, conferir o embate entre o rubro-negro do Petraglia e o alvi-celeste do Perrela. E, olhem, tava frio! Mas, como sou companheiro, decidi escoltar o Renato Mineiro, cruzeirense doente (claro, só pode), que fez questão de passar ravia. E frio. Os dois times foram equivalentes, ambos com defesas pouco confiáveis e com os jogadores mal-postados em campo. O tal do Claiton, pelamordedeus, que bonde! Alex Mineiro e Ferreira, sumidos. Dinei nem sabe que entrou em campo. Assim como o "2 em 1" Pedro Ou-doni, que nem soube que marcara um gol - teve de ver a repetição na TV. No Cruzeiro, Marcinho, Araújo e Maicosuel demoraram a esquentar as turbinas. Quando o fizeram, o jogo havia terminado. E a zaga só deu botinada! As meiúcas pouco acertaram e raramente criaram uma jogadinha que fosse. Resumindo: o jogo foi uma pelada! O engraçado foi ver a torcida cruzeirense (tinha uns 25 a 30 perdidos ali, vestindo azul e pedindo pão-de-queijo, que eu supus serem torcedores do cruzeiro) reclamando veementemente de Nenê, que entrou no lugar de Araújo e, ao final, tendo de aplaudir o jogador que marcou o gol de empate!
Enquanto passávamos esse frio todo, outros jogos correram. O Peixe perdeu o embalo lá em Goiás, tendo uma cobrança de penalidade máxima desperdiçada - Marcos Aurélio cobrou mal, para fora. Também perdeu a chance de chegar à quinta colocação no certame! A formação com Tabata e Pedrinho na criação não funcionou tão bem como contra o Figueira. O Goiás foi superior e mandou no jogo até marcar: Fabrício Carvalho, que se despediu do time nesse jogo, recebeu o cruzamento de Paulo Baier (sempre ele) e estufou a rede de Fábio "Gardenal" Costa.
Aproveitando-se da fragilidade do adversário, o periclitante Framengo garantiu uma sobrevida a Ney Franco ao bater o candidatíssimo à segundona América de Natal. Jogando em Juiz de Fora (só sendo assim, com o juiz de fora, pro Framengo ganhar), o time carioca não jogou muita coisa, mas foi o suficiente para passar pelo time potiguar, mesmo passando susto. Foi a primeira vitória do rubro-negro favelado como mandante! Apesar de precisar da vitória e de enfrentar um adversário, digamos, "colaborativo", o time da Gávea entrou cauteloso, num 3-6-1 de fazer inveja a Dunga. Foi marcar o primeiro num lance isolado e de largura. E aproveitou para entregar um gol ao oponente, que é para não perder o costume. Quando perdeu o medo e se adiantou um pouco, os cariocas puderam abrir o sorriso - banguela, claro.
Em Porto Alegre o Paraná não escapou do frio nem da derrota. Pato aproveitou a chance que teve e marcou o belo tento (aos 46min do primeiro tempo) que garantiu a vitória colorada sobre o time da capital paranaense, que deixa a zona de classificação à Libertadores. Se a primeira etapa foi mais equilibrada, a segunda foi toda do Inter, que tocou a bola e se manteve no controle da partida.
Após dois anos, o Grêmio voltou aos Aflitos, palco de seu feito mais épico, e superou, de novo, o Náutico - que continua sendo grande aposta para a segundona. Até Tuta marcar o primeiro gol, o Náutico fazia uma disputa equilibrada. Mas bastou levar um que o nervosismo dominou o elenco pernambucano - e aí levou o segundo, ao se abrir para o ataque. E marcar gol no Grêmio não é lá muito fácil quando o time se fecha na defesa - a não ser que seja o Boca.
O Curíntia até melhorou o ataque, mas ainda não conseguiu vencer. "Na raça", o Timão fez dois em cima do Figueira, lá em Floripa. Jogando na defensiva, o time do Parque São Jorge esteve duas vezes à frente do placar, mas não conseguiu segurar a vantagem. E a crise administrativa segue fervendo...
O destaque desta quarta fica a cargo do Parmêra, que virou o jogo para cima do Vaishco e com um a menos! Claro que a fraqueza do adversário colabora, mas, mesmo assim, é um feito. O time da Colina começou melhor, dominando o espetáculo. Perdido em campo e falhando bastante na marcação, o Verdão do Parque Antártica perdia por 2x0 aos 31min do primeiro tempo. Aos 34min o time parece ter acordado com uma jogada de Edmundo, que quase resultou em gol de Makelelê. No lance seguinte, gol de Valdívia, em mais uma jogada do Animal. Aí, para não perder mais pontos em casa, Caio Jr. foi para o tudo ou nada, metendo 3 atacantes em campo. Deu certo. As bolas aéreas, de tanto baterem, furaram a barreira vascaína e balançaram o barbante.

Um comentário:

Anônimo disse...

Romulicha, o Vasco tá com transtorno bipolar. PQP, ganha bem um jogo e, no seguinte, dá uma pixotada dessas!!!