10 fevereiro 2011

Espetáculo dentro e fora de campo

Mais uma vez, perdemos da França em um jogo. Dessa vez, um amistoso no Parc des Princes, o mesmo palco da fatídica final de 98. Começamos 2011 como terminamos 2010: perdendo para um rival de peso. Assim, segue o tabu de 6 jogos sem ganhar dos Bleus no esporte bretão. O vilão do jogo foi Hernanes que, imprudente, enfiou uma solada no ombro de Benzema, em jogada casual na meiúca. O volante não é desse feitio, o que sugere um lance fortuito, fruto de precipitação, um 'erro de cálculo', como ele alega. Mas, claro, a expulsão foi merecida e pode comprometer seu futuro com a amarelinha. De resto, podemos dizer que JCésar foi o nosso melhor homem em campo, o que significa que não jogamos bem. A meiúca não funcionou, a zaga se atrapalhou e o ataque não participou do jogo. Robinho, mais uma vez, sumiu do jogo, Renato Augusto foi inútil, André Santos (como já se sabe) é fraco para a lateral, Davi Luiz é um tanto destrambelhado e Hulk ainda é muito verde para a Seleção. Talvez o melhor cara da linha tenha sido Daniel Alves, mas por conta de lances eventuais, esporádicos. Mano também tem sua parcela de culpa, afinal, demorou para mexer no time que jogava mal num amistoso. Se não mexer nessa condição, mexe quando?
A partida, claro, não ficou só no âmbito do jogo em si. É, também, um evento comercial, com grande exposição dos patrocinadores, de suas marcas, dos ídolos... Assim, o mundo dos negócios também está presente, transofrmando o evento numa grande oportunidade para encontro de negócios. A Nike usou o evento para sua publicidade e levou toda a cúpula para Paris - a França rompeu no fim de 2010 mais de 30 anos de contrato com a Adidas, multinacional alemã, por um contrato quatro vezes maior com a empresa americana, no valor de US$ 320 milhões. Um alívio nas contas, já que perdeu patrocinadores com o fiasco da Copa da África do Sul e foi obrigada a pagar indenizações milionárias.
Dirigentes do Itaú, patrocinador da seleção e da Copa de 2014, também compareceram. Jogadores usavam o tempo livre para se reunir com empresários - Jadson, Luizão e Júlio César foram alguns deles. Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, foi à França para negociar a renovação do contrato do clube com a Nike. Só a Kentaro, empresa que organiza os jogos do Brasil, convidou 120 empresários e personalidades consideradas chave no mundo dos negócios. Ou seja, rolou uma grana preta ao redor do jogo.
Fluminense
O Flu começou a Libertadores já com o sinal amarelo. Jogando numa chave pedreira, levou sufoco do Argentino Juniors, que não se intimidou como visitante. O time argentino surpreendeu. Não ficou recuado, à espera da pressão. Obermann várias vezes puxava os contra-ataques, em busca de Salcedo e Niell. A tática dos hermanos desconcertou o Flu, que levou alguns sustos. Não foi um desastre total, mas bem perto disso. O Flu tem mais cinco chances para se classificar, mas já queimou um trunfo. Não fosse Rafael Moura, o He-Man, teria sido pior. Com o empate, o Flu vai ter de rebolar para compensar nos jogos fora de casa - e ainda ganhar os outros como anfitrião!

Um comentário:

Acir disse...

Falando em patrocinadores, só mesmo pagando muito bem para vestir a nova camisa horrorosa da seleção brasileira! Esses caras da Nike podem até saber como fazer bons tênis para basquete e outros esportes. Mas para camisas oficiais de seleções, não tem uma que se salve.É de um mal gosto a qualquer prova. A Adidas certamente vai deixar saudades...