09 junho 2010

Quase lá

Sexta começa o baile. Os sulafricanos estão animados, a FIFA, nem tanto, já imaginando o estrago financeiro que uma competição em país miserável acarreta. O intuito é nobre, mas exige desapego monetário, já que os aficcionados europeus não se dispuseram a ir até o extremo africano para ver os jogos. A ausência de alguns jogadores de destaque, lesionados de última hora, também não colabora para abrilhantar o espetáculo.
Os amistosos antes do certame já deram uma certa impressão do que esperar das equipes.
A Itália, sempre na retranca, não ganhou nenhum dos jogos preparatórios que fez, o que só corrobora a tradição de a Azzurra nunca chegar bem, jogar um futebolzinho meia-boca e, mesmo assim, ser temida.
O Brasil jogou contra umas merrecas, em prol de uns trocos para a CBF, e nada mostrou de novo. Já sabemos que Felipe Melo é um desequilibrado e que Daniel Alves não pode ficar no banco. Falta o Dunga também ver isso. Ainda assim, a Seleção Canarinho é a grande favorita, segundo o Instituto de Pesquisas Nielsen, que entrevistou vinte e sete mil pessoas em 55 países: o Brasil é de longe o grande favorito da competição - tanto para europeus como asiáticos, na África e na América do Norte ou do Sul. Ao todo, 34% dos entrevistados veem o Brasil como o principal candidato ao título. Nos países da América Latina esse percentual sobe para 57% e, no Brasil, 86% dos entrevistados acreditam no hexa. Em segundo lugar no ranking de favoritos estão empatados Argentina, Inglaterra, Espanha, Alemanha e Estados Unidos, todos com 9% dos votos. Seguem Itália (6%) e França (5%).
Portugal vem sem Nani, um bom coadjuvante. Ainda assim, graças ao metrosexual Cristiano Ronaldo, é uma das forças a serem respeitadas. Devem ficar em segundo na nossa chave.
A Holanda é que impressionou bem nos jogos que fez. Time ligeiro, perigoso, com pelo menos dois jogadores incisivos e rápidos. A chance de trombarmos com os Laranjas nas quartas de final é grande. E mesmo que venha a ficar sem Robben, tem jogado muita bola. Sneijder, Van Persie e outros formam um time leve, técnico, que os veteranos da defesa brasileira sofrerão para anular. Mais uma vez, o Brasil não pode se deixar levar pela noção de que a Holanda não convence na "hora da verdade". Um dia as noções viram mentira e os números só funcionam no retrovisor.
E a Argentina vem com o destrambelhado Maradona comandando um grupo que pode dar o que falar. Bons do meio para frente, frágeis dali para trás. E contam com a maior estrela dessa Copa, que formará um trio ofensivo de respeito: Messi, Tevez e Higuaín. Se o esquema funcionar, será um feito e tanto, pois jogariam na base do 'jogar e deixar jogar'. Não fossem 'hermanos', até daria para tocer por eles...

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro Rômulo Cervejístico

A tecnologia está proporcinando-lhe a oportuidade de apresentar seu comentários futebolísticos on line. Parabéns pelos trabalhos e sucesso nesta empreitada.

Abçs.

Newton (Preto)
(21) 9160-2569

Saulo disse...

Romulicha, meu pai diz que o Dunga é igual ao Zagallo: contraria o óbvio e acaba se dando bem. Isso é triste, mas é fato. O fdp contraria tudo, mas tem sido vencedor. Essa seleção pode dar o que falar ainda, contrariando previsões.
E os hermanos estão com um timaço. Vão incomodar mais que Holanda e Espanha.
É o meu palpite.