17 julho 2009

Freguesia

O vexame do Cruzeiro em pleno Mineirão serviu para mostrar que somos fregueses dos adversários quando o assunto é decisão da Libertadores. Pela sexta vez, entregamos o ouro numa final para adversários estrangeiros. o último clbe a conseguir bater um vizinho foi o Parmêra, na decisão de 99 contra o Deportivo Cali. De lá para cá, só levamos o caneco quando jogamos entre nós.
A sina começou em 2000, quando o Palmeiras empatou com o Boca na Bombonera e não conseguiu vencer os argentinos no Morumbi. Nos penais, brilhou a estrela do goleiro colombiano Córdoba, que defendeu as cobranças de Roque Júnior e Asprilla, garantindo a vitória xeneize por 4 a 2.
Também o São Caetano perdeu nas penalidades para os paraguaios do Olimpia. Depois de vencer o alvinegro em Assunção, o Azulão perdeu por 2 a 1 no Pacaembu e viu o título escapar nas cobranças.
O poderoso Boca Juniors voltou a infernizar os brasileiros nos anos seguintes e de maneira impiedosa. Sem tomar conhecimento, venceu os dois jogos contra o Santos em 2003 (2 a 0 e 3 a 1) e Grêmio (2 a 0 e 3 a 0), em 2007. Em ambas, jogou mais.
No ano seguinte o Brasil voltou a ver um representante do país cair em seus domínios: depois de perder por 4 a 2 para a LDU em Quito, o Fluminense, heroicamente, conseguiu vencer por 3 a 1 no Maracanã e viu Thiago Neves passar de herói a vilão. Autor dos três gols no tempo normal, o meia perdeu um dos pênaltis na derrota por 3 a 1 na decisão por penalidades. Curiosamente, os últimos três finalistas brasileiros tiveram o São Paulo pelo caminho e mesmo conseguindo vencer o Tricolor, único representante do país com três conquistas e sempre considerado um dos maiores favoritos, não tiveram um final feliz.
O Cruzeiro pareceu nervoso o suficiente para se preocupar em dar pau e esquecer da bola. Caiu na velha catimba argentina e sucumbiu às provocações. Ramires sumiu do jogo. Só Kléber parecia interessado em jogar.

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