28 junho 2009

Pois é...

Contra a África do Sul, o time do Dunga suou para segurar o empate e só ganhou graças a um gol em cobrança de falta - uma bela cobrança, diga-se. Os negões sufocaram a Selecinha e só não marcaram por que são novatos na arte de balançar o barbante. Fossem um time melhorzinho, teríamos ido disputar a terceira colocação contra a Espanha. O impressionante é que o anão resiste a mudanças. Só foi promover alguma alteração aos 35min do segundo tempo! Haja paciência! O time mal, precisando ganhar, já que o preparo físico dos sul-africanos estava melhor, e o nosso treinador insistindo com a mesmice que não estava funcionando. Aquela meiúca paquidérmica não convence ninguém.
Contra os EUA, o primeiro tempo foi típico do time burocrático que temos. Sofremos um gol casual que causou um certo apagão e passamos 45min levando baile. O segundo gol americano foi 'by the book'. Um contra-ataque todo certinho, com uma troca de passes precisa até o corte de Donovan e o chute em gol. Aí, no segundo tempo, o gol logo aos 40s inspirou a equipe, que passou a jogar bem, dominando as iniciativas. Daniel Alves no lugar de André Santos mostrou que o lateral corintiano não tem lugar no time, pois o desempenho ficou bem melhor com o reserva. Com o recuo do time americano, começamos a sobrar em campo, facilitando o nosso trabalho, já que os gringos ainda não são lá muito familiarizados com a bola redonda. Aí o cenário ficou parecido com o jogo contra a Itália. Com espaço para jogar, nosso time consegue chegar ao ataque e mostra força. O gol de Lúcio veio premiar aquele que mereceu o crédito como melhor jogador da equipe. O chato vai ser agüentar o Dunga arrotando superioridade. Eu diria que o time ganhou apesar do Dunga!
A conclusão é que a Seleção depende de ter espaço para jogar. Se for marcada, a equipe não apresenta opções de jogo. Trava e não sabe sair do toque para o lado, tornando-se alvo do adversário. A insistência de uma meiúca essencialmente marcadora, com os limitados Gilberto Silva e Felipe Melo, torna o nosso time uma equipe de um jogo só. Não temos como variar o estilo, as jogadas, pois o sábio técnico não consegue ver um outro jogo que não aquele similar ao time de 94! É pouco, muito pouco para um time que tem tantas opções de jogadores, tanta história e tanta tradição de jogar bem. Penso que é obrigação da Amarelinha jogar bem sempre. Ganhar é conseqüência.

2 comentários:

RodrigoGMS disse...

Nem me diga, repetir o "espetaculo" de 94 vai ser osso duro de roer!

Rambo disse...

Independente do Dunga ser sortudo pra cacete, acho que o grande atrativo foi ver-se o espetáculo mais uma vez. Numa FIFA onde as últimas copas mostraram a igualdade medíocre do futebol físico e estratégico totalmente globalizado, a amarelinha mostrou mais uma vez que improviso e arte individual, quando o time está introsado, resulta em espetáculo. E foi o que a seleção ontem deu: um show pro espectador, com muitos erros estratégicos obviamente, mas com resultados evidentes de 3 anos de trabalho do Dunga. Se o cara tinha objetivo de "renovar" revitalizando a selecinha, acho que o objetivo se mostra próximo: temos material pessoal e coletivo muito interessante pra próxima copa. Ajustes sempre terão que ser feitos.