13 abril 2008

As semifinais

Se estava escrito há 2.000 anos, ninguém leu. Mas a sina de vice se manteve e o Flu abotoou o Vaishco na semifinal da Taça Rio. Apesar do empate no tempo normal, o Tricolor foi superior e só não levou nos 90min por obra do acaso. Mas a justiça se fez nos penais. Pena que recaiu sobre os ombros de um guri, que agora tem de agüentar a carga da cobrança. Com a bola rolando, o time da camisa mais bonita tinha predominância, com o polivante Cícero fechando a meiúca para os armadores Thiago Neves e Conca municiarem o Cardíaco. Quem se sobressaiu foi o goleiro cruzmaltino Tiago, salvando o Bacalhau seguidamente. Num rebote bobo de Fernando Henrique, Jean aproveitou para colocar o Vaicho na dianteira, dando a ilusiória impressão de que o clássico estaria pendendo para o lado de lá. Logo em seguida, Thiago Neves cobrou falta na área vascaína e Thiago Silva enfiou nas redes, igualando o placar. Passou a imperar o receio de se expor em ambos os lados, o que levou a partida para as cobranças de penalidades. Sorte do Flu, que marcou todas e comemora a classificação para a final da Taça Rio.
Taça Rio que será decidida no clássico Vovô, já que o Buátafogo eliminou a molambada, enfiando 3 cocos na sacola rubro-negra. O alvi-negro foi soberano, mandou na partida. Talvez cansado pela disputa na Libertadores, o Framengo foi cautelos, dexiando apenas Souza à frente. Com espaço, o Fogão tocava o melão. Até que aos 39min, deu certo a manjada jogada de desvio para a entrada de Wellington Paulista. O Botinha continuou pressionando e perdendo chances. Sorte que segundo gol saiu antes que o fantasma do "quem não faz, toma" assombrasse o time. Como rubro-negro nem esboçou reação, os botafoguenses não se fizeram de rogados e chegaram ao terceiro, em penal de Toró, mais uma vez muito afobado em campo. Aí foi só esperar o apito final...
Com gol de Eduardo Arroz, a Macaca bateu o Guará e rouba a vantagem para o jogo final. Porém, engana-se quem pensa que seja uma vantagem folgada. O Guaratinguetá é bom em casa e certamente dará um trabalho danado à Ponte, que luta para voltar a uma final do Paulistão depois de 30 anos. Um primeiro tempo muito bom, em que as duas equipes buscaram o gol e protagonizaram diversos lances de perigo. A Ponte explorou bem as laterais e teve segurança com Aranha embaixo do pau. Após o gol, o Guará tentou subir ao ataque, abrindo mão dos 3 zagueiros, mas não teve forças para superar Aranha. Confia, agora, no mando de campo para chegar à final.
Já os Bambis saíram com vantagem sobre o Parmêra. Com dois gols de Adriano, um com a mão direita e ou outro com o pé esquerdo, agora jogam pelo empate na segunda partida. O jogo foi movimentado, mas o time do Parque Antártica não mostrou o mesmo futebol e acabou derrotado. Os Bambis, que vinham em descrédito, vão com moral para a partida de volta. Marcaram dois gols achados! O primeiro, de mão, nem deveria valer. O segundo, em besteira da zaga, caiu no colo do 'Imperador'. Aí ficou mesmo mais difícil para o time de Luxeba reverter a desvantagem, apesar do penal cavado por Lenny. A volta de Alex Silva fez diferença para o time do Morumbi. Já Denílson foi praticamente nulo em campo, assim como Dagoberto, que não ganhou uma sequer.
No Paranaense, o Paranyto perdeu para o Coxa, que se redimiu ao exibir um futebol mais convincente. Se perder pela mesma diferença, o Coritiba avança para a decisão. Jogo amarrado, com todo mundo se defendendo e evitando os riscos do ataque. Restavam os chutes de longe, o que facilitou a vida dos arqueiros. Abusando das faltas, o bicolor teve seu capitão expulso ao final da primeira etapa, em prenúncio de mau agouro. Bonamigo bem que tentou, mas não fechou os espaços para as investidas do Coxa. Aos 9min, Keirrison recebeu na área, dominou, tirou Daniel Marques e colocou no canto. Com a vantagem, o Coxa sobrou em campo. Não deixavam o adversário jogar e a bola ficava praticamente o tempo inteiro rodeando a área paranista. Já no final, os jogadores do Coxa, cansados, diminuiram o ritmo, e permitiram que o Paraná avançasse em busca do empate, que acabou não acontecendo. Fim de jogo e redenção coxa-branca.

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