27 abril 2008

As primeiras

Os principais Estaduais começaram a se definir neste final de semana...
No Rio, o Buátafogo amarelou de novo. O Robin Hood do campeonato carioca consegue ganhar de potências futebolísticas, mas entrega a rapadura frente aos times pés-de-chinelo. Impressionante a forma como o time da estrela solitária consegue tais façanhas. Deve ser vocação mesmo. Até um zebedeu como Obina se consagra contra o alvi-negro! O jogo, claro, foi fraquíssimo. O primeiro lance de algum perigo aconteceu somente aos 25min de partida, num claro sinal de falta de categoria. Ah, que falta faz um Fluminense na decisão! Um festival de infrações e futebol pouco produtivo marcaram o primeiro embate. E os desfalques pioraram ainda mais as perspectivas para o sonolento jogo. O Buátafogo deixou de ganhar quando desperdiçou a grande chance da partida criada por Eduardo, que veio costurando pela esquerda, ficou cara-a-cara com Bruno e meteu na trave! Pouco depois, o mesmo Eduardo perdeu uma bola boba na meiúca, que originou o contra-ataque rubro-negro que culminaria no gol da favela. Com o resultado desfavorável, complica-se a situação do Buátafogo para a próxima partida.
Em Minas, o campeonato já se decidiu na primeira partida das finais. Nunca antes na história desse país, em que o certame das Minas Gerais foi disputado no Mineirão, houve um resultado tão elástico quanto esses 5x0 que o Cruzerio enfiou goela abaixo no Atlético Mineiro. Resultado que foi, na verdade, proporcionado pelo próprio Galo. No primeiro, o goleirão entregou a rapadura saindo muito mal da meta, lembrando os longínquos tempos em que Gonzo ainda jogava. No segundo, um gol contra bisonho, ao melhor estilo Macioski. Aí não há time que resista mesmo. Aí ficou fácil para a Raposa, apesar de um início de jogo equilibrado, com muita marcação cerrada. Mesmo com a vantagem, verdade seja dita, o Cruzeiro não esmoreceu. Lembrando dos 4x0 sofridos na primeira partida da final do ano passado, o time celeste tratou de se vingar - e com sobras. Agora já se preocupam exclusivamente com o Boca Juniors.
Aqui, no Paranaense, o Coxa largou na frente do Trétis, abrindo uma vantagem considerável. 2x0 são, sem dúvida, uma folga bastante confortável. A casa cheia teve ingressos esgotados pelo menos 4 dias antes do jogo, dificultando a presença do ilustre escriba. O clássico começou em ritmo forte, como era de se esperar. Héber Roberto Lopes teve de impor respeito logo no começo, pois corria o risco de perder o comando. O Furaquinho mantia a posse de bola, armando as jogadas com cuidado, mas pecava no último passe. Num contragolpe, o time do Alto da Glória chacoalhou o Couto. Carlinhos Paraíba, em grande tarde, abriu a contagem com um petardo preciso. O jogo pegou fogo, com chances desperdiçadas de ambos os lados. O Coia ainda perderia duas claras oportunidades de ampliar o marcador, mas Ken e Paraíba não superaram Vinícius. A entrada de Marlos melhorou ainda mais o time de verde, incendiando a torcida. Foi dele a jogada que deixou Keirrison (já no Palmeiras) na boa para fazer o 2x0. A torcida já saiu gritando "é campeão" do Couto, com confiança de que os rubro-negros não reverterão a vantagem, já que precisarão vencer por 3 a 0 para levar o caneco ou repetir o placar para levar à prorrogação e, se necessário, para os pênaltis.
Nos pampas, o Colorado deu uma pixotada e perdeu para o Juventude, em erro primário de Fernandão, que perdeu o melão na meiúca e possibilitou o contragolpe do time de Caxias aos 48min do segundo tempo! Foi a terceira vitória do time de verde sobre o Inter nesse ano. No próximo domingo, o Juventude joga pelo empate, deixando toda a responsabilidade de ataque ao time da capital. O jogo foi equilibrado, com ligeira superioridade colorada no quesito "chances criadas". Os primeiros minutos foram do Inter, bem postado no meio de campo e saindo para articular as jogadas de ataque com Nilmar. Aos poucos, o Juventude equilibrou e passou a explorar o lado canhoto da defensiva de vermelho. O jogo era lá e cá e parecia que terminaria sem alterações no placar, até a falha de Fernandão desandar a maionese colorada. Agora, o Juventude espera repetir o feito de 98, quando venceu por 1x0 no Alfredo Jaconi e segurou o 0x0 no Beira-Rio!
Em Campinas, um jogo aberto, estádio lotado, torcidas mobilizadas e muita garra em campo. Todos os ingredientes de uma final. O Parmêra foi um pouco melhor e saiu com o resultado favorável, que lhe dá uma grande vantagem para a última partida. Sem seus principais jogadores, a Macaca sofreu. Com o 1 a 0 em Campinas, a equipe da capital pode até mesmo perder o segundo jogo por um gol de diferença que ficará com o título. A Ponte começou melhor, com ímpeto, mas pecou nas saídas de bola, apelando para as ligações diretas com o ataque. Mais experiente, o time de verde equilibrou as forças e dominou o jogo, marcando em cobrança de escanteio, com cabeçada do tampinha Kléber. Melhor em campo, o Parmêra mostrou o porquê de estar nas finais. A organização tática que Luxeba imprime ao time realmente faz a diferença. Até pôde poupar Valdívia, que já estava com dois amarelos na conta. O próximo capítulo dessa história será no próximo domingo, no Palestra Itália, às 16h.

Um comentário:

Anônimo disse...

Será engraçado ver o Aidético passar em branco no 1o semestre. Depois de muito foguetório com o Furacão versão 2008, o time se ressentiu de "craques" como Claiton e Jeancarlo.