20 março 2008

Generalidades específicas

O Flu assume a dianteira no seu grupo da Libertadores 2008 com uma vitória sobre o pouco ameaçador Libertad, no Paraguai. Dois gols do Cardíaco, jogando com raça, o Flu virou o placar e justificou a atuação. Foi superior. Conca é um jogador que vem crescendo no time, atuando bem com o criativo Thiago Neves. Mas as estocadas do Libertad evidenciaram uma defesa mal postada, que bateu cabeça em alguns lances. E foi num desses que os paraguaios acharam as redes, em cobrança de escanteio. A zaga ficou olhando e o placar se mexeu. O time do técnico Renato Gaúcho não se mixou e saiu para o jogo. Se com o pé a bola não entrava, Washington cabeceou para deixar tudo igual aos 40 min. E o Fluminense voltou para a etapa final determinado a virar o placar. Com bastante disposição, acabou sendo recompensado logo aos cinco minutos, em outro cruzamento pela direita. Washington aproveitou o gol aberto e a falha da zaga adversária para fazer o seu segundo da noite. Único atacante de ofício do Tricolor em campo, o camisa 9 dava conta do recado. Com muita aplicação tática, o Flu segurou o resultado, apesar do predomínio em campo do time paraguaio.
Os Bambis também ocuparam o topo da sua chave, mas com um empate, cedido nos descontos da segunda etapa. No 50.º jogo de Rogério Ceni vestindo a camisa do São Paulo em Libertadores, o time vencia o Sportivo Luqueño até os 46 min do segundo tempo. O gol de Duarte frustrou os planos do tricolor paulista. Bem, pelo menos Aloísio marcou o seu primeiro tento na competição. E a zaga já não é a mesma, pois foi vazada no últimos 12 jogos! O São Paulo dominou o fraco primeiro tempo, abusando dos chutes de longe - e sem direção. No segundo tempo, Muricy 'respeitou as características dos jogadores' e colocou Aloísio no lugar de Borges, e ele abriu o placar. O time então se acomodou e dormiu, permitindo o empate do nervoso Luqueño.
O Framengo superou o Nacional no Maraca, contando com a ajuda da zaga adversária. Impressionante como a defesa uruguaia marcou touca! E isso contra um time atormentado pelo nervosismo, demonstrado logo aos 3min por Souza, que entrou de forma violenta sobre Victorino. Embora o rubro-negro dominasse o terreiro, quem ameaçava era o time visitante, que só não marcou graças à largura do time da Gávea. Aí, a Providência Divina ajudou os pobres e desmazelados, e a bola sobrou nos pés de Marcinho para abrir o placar, facilitando a tarefa. O jogo seguiu igual: terreno rubro-negro, estocadas uruguaias perigosas. Bate-rebate, bola sobra para Marcinho, gol. Baita injustiça.
O Peixe subiu aos céus e voltou reclamando de Evo Morales. Leão sugeriu que a presença do presidente cucaracho tenha influenciado a arbitragem, o que, junto com os quase 4km de altitude do local do jogo, teriam feito a balança pender decisivamente para o lado boliviano. Já o discurso dos jogadores era mais ameno, reconhecendo que o time não foi bem, embora seja ingenuidade acreditar que a altitude não tenha nada a ver com o desempenho do grupo durante o jogo. O time perdeu gols e não se achou na marcação após uma determinada etapa. O Santos saiu na frente com gol de Kléber Pereira aos 7min, que se antecipou bem à zaga em cruzamento de Sebastián Pinto. O San José não se intimidou e arriscava-se ao ataque, porém de forma desorganizada. O Peixe aproveitava para estocar com perigo, ameaçando a meta de Daniel Vaca. Mas o cansaço já se mostrou logo no primeiro tempo. Era o sinal de que a maionese desandaria. Apesar das substituições, o Peixe não teve pernas para agüentar e o San José se aproveitou. O segundo gol dos montanheses dá a mostra da falta de pernas da zaga de branco.
Bafafá vai dar a eliminação do Barça da Copa do Rei pelo Valencia. As críticas a Ronaldinho e o desconforto de Frank Rijkaard devem aumentar depois do fracasso. Aliás, o comandante deve estar por um fio no cargo. O time foi um fiasco no jogo e mereceu a derrota. A defesa, sobretudo. José Mourinho já prepara discurso para a eventualidade de substituir o holandês.

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