23 março 2008

Afunilando...

No Carioca, como era de se esperar, deu Flu no clássico contra o Vaishco. Esperado porque (i) o Flu é melhor e (ii) porque o Bacalhau não ganhou de ninguém de peso no certame - perdeu os 3 clássicos! O jogo evidenciou bem a superioridade Tricolor, sobretudo com mais uma grande atuação do criativo Thiago Neves, que ajudou a quebrar a escrita de 8 anos sem vencer os pobres coitados. Enquanto o Vaishco atuava com 3 volantes e, por isso, dificultava a própria saída de bola, o Flu armou uma meiúca mais sólida, num 4-5-1. O jogo se delineou quando Thiago Neves tirou o coelho da cartola e o zero do placar, em lance rápido pela direita. Com colaboração do arqueiro vascaíno, que não conseguiu desviar o melão. A vantagem facilitou para o Flu, que mantinha uma defesa bem postada e o domínio da zona central do gramado. O Vaishco só diminuiu porque cismaram de marcar (mais) um penal inexistente para a camisa mais feia do Brasil - e isso depois de ignorar solenemente uma penalidade máxima para o Flu! Vejamos o que acontece de agora em diante, já que Euvírus Miranda 'garantiu' que o time da Colina será o campeão da Taça Rio. Isso só serve para demonstrar que o Flu é melhor que o Vaishco dentro e fora de campo.
O Buátafogo meteu 7x0 no Macaé, num verdadeiro chocolate de Páscoa! Com o desempenho, Lúcio Flávio chega ao centésimo gol com a camisa da estrela solitária. Mas quem roubou a cena foi Wellington Paulista, que marcou 4, sofreu um penal e foi expulso. O jogo de um time só praticamente assegurou a vaga do alvi-negro nas semifinais - 100% de aproveitamento na Taça Rio.
'Us Mano' também comemoraram a Páscoa. Dentinho fez as vezes de coelho da Páscoa (já que o original não se mete com gentalha) e saiu saltitante, comemorando o gol junto à Fiel. Mas a torcida está apreensiva e nada contente com o desempenho do time, que sofreu para marcar o gol solitário. A criação do time padece de alguém que saiba o que fazer. Héverton e Marcel, titulares neste domingo, decepcionaram. O primeiro, aliás, foi tão mal na partida que acabou substituído ainda no intervalo. Acosta como um ponta-esquerda tampouco deu certo. Sempre com a cabeça baixa, o uruguaio pouco ajudou na criação e ainda atrapalhou as descidas do lateral André Santos. Numa falha da zaga do Rio Claro, o Timão chacoalhou as redes e se segurou. Mas suou para segurar as investidas do ágil atacante Mirandinha. Vaiado, o Timão segue rumo às semifinais do Paulistão. É um time difícil de ser batido graças ao forte sistema defensivo. E, aparentemente, é isso que a equipe pode dar - e olhe lá.
O Peixe continua sonhando... Em jogo dramático, bateu o líder Guará pelo placar mínimo e embolou o topo da tabela. O jogo foi disputado sob muita chuva, dificultando o toque de bola. O Santos não se intimidou e começou 'valendo', criando 3 chances nos primeiros 10min. Mas Kléber Pereira fazia falta e Molina não estava à altura. A expulsão de Jackson parecia que facilitaria a tarefa do time de branco, mas faltou maestria para driblar o ferrolho da zaga do Guaratinguetá. Quando o filme parecia que iria terminar melancolicamente, eis que surge Marcinho Guerreiro aos 41min para desferir um petardo e aliviar a alma santista.
O São Paulo precisou de Borges para salvar a lavoura mais uma vez. O protagonista entrou no lugar da mentira Carlos Alberto e marcou em menos de 1min, em belo chute de fora da área. Mesmo sem um bom futebol, o desfigurado tricolor paulista segue rumo ao G4. Pelo menos, desta vez, não tomaram gols, o que é um fato raro nesta fase. A surpresa foi a escalação do cai-cai Dagoberto como titular, utilizando o velho esquema com Aloísio de pivô. Não funcionou. Depois do gol, o Bugre acordou, mas não teve forças para se equiparar aos Bambis - e, com isso, segue na ZR.
O Parmêra bateu o Paulista por 2x0, na quinta vitória consecutiva pelo certame. Alcança, assim, a vice-liderança do Paulistão, perdendo apenas no critério de número de vitórias. O destaque? De novo, o mago Valdívia. Sempre ele. O Palmeiras dominou o jogo com garbo, mesmo quando estava em vantagem no marcador. Sobrou no jogo...
O Trétis, enfim, venceu uma! Bateu o Iraty e respira no certame Paranaense. Porém, o time continua devendo futebol depois da falação da série invicta. Ainda em situação complicada, precisa vencer os próximos embates para chegar à fase final. Pressionado, o time estava assustado e quase quebrou a cara no primeiro minuto, em boa jogada do lateral esquerdo do Iraty. Mas, aos poucos, o Furaquinho cresceu na partida e dominou a meiúca. Quem sabe não seja a ressurreição do time?
Já o Coxa apanhou do Toledo e amarga o segundo posto no Grupo B. O primeiro tempo foi disputado, corrido, com as equipes dispostas a fazer o jogo. Com isso, destacaram-se os arqueiros - sobretudo Edson Bastos. O embate seguiu equilibrado, mas uma dormida da zaga alvi-verde deixou o Toledo se distanciar na liderança da chave

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