16 março 2008

Estaduais em ebulição

No Rio, o Flu assumiu a ponta de sua chave ao bater o Americano em jogo modorrento. Atuando com vários reservas, o time da camisa mais bonita do Brasil levou sufoco e só se garantiu graças à atuação de Thiago Neves - de novo. Com o time apagado, brilhou a estrela de Fernando Henrique, que salvou o time em pelo menos duas oportunidades. Não foi à toa que a torcida se irritou.
Já o Vaishco meteu uma goleada no Cardoso Moreira. Até Edmundo não se meteu a besta e deixou o arqueiro Tiago cobrar uma penalidade máxima. Jogo fácil para a turma do bacalhau, já que o adversário é presa fácil para qualquer outro do certame. O lado direito funcionou bem e incomodou a defesa do time do interior.
Destaque mesmo foi a vitória do Buátafogo sobre os framenguistas, quebrando um tabu de mais de 4 anos em um partida cercada de polêmicas e rispidez. O Framengo se notabiliza pelo desequilíbrio em campo. Basta perder o jogo que a cabeça segue o mesmo trilho. Apesar de entrar com time misto, o rubro-negro deu trabalho ao time da estrela solitária. Wellington Paulista e Jorge Henrique foram os destaques do alvi-negro, articulando as jogadas de ataque.
No paulista, o Curíntia deixou de ganhar e marcou passo, desperdiçando a chance de assumir a ponta. A zaga comprometeu o desempenho do time. Mano Menezes surpreendeu improvisando Suárez na meia-cancha. Ainda assim, o Timão acuou o Moleque Travesso e foi um jogo de ataque contra defesa. Mas os contra-ataques do Juventus funcionaram em um dia pouco inspirado da defensiva alvi-negra. O time de Mano se lançou ao ataque para tentar o terceiro gol, mas a insistência nas jogadas aéreas pouco ameaçaram o Juventus - que, aliás, poderia ter virado a partida se acreditasse na vitória.
O Peixe mantém as ilusões após a vitória sobre o Azulão. O time começou desarrumado e perdido na marcação, sofrendo com as investidas do São Caetano, que teve em Douglas sua grande arma. Quando o time de branco se achou, dominou o jogo. O trio ofensivo teve momentos de extremo brilho e só não marcaram mais por conta de um certo azar. E só não se deram mal graças a Fábio Costa, que mostrou sua perícia em umas 3 oportunidades cruciais. E mostrou seu destempero em dois momentos no mesmo lance, empurrando o atacante adversário. Sorte que o árbitro não viu.
O clássico da rodada foi marcado pelos são-paulinos. Presentes e passados. Os do presente ajudaram a marcar o gol dos Bambis e comprometeram o time ao cometerem os lances capitais na área tricolor - Ricky e Júnior. Os do passado, Kléber e Denílson, atuando pelo Parmêra, marcaram os tentos que selaram a vitória do time de Luxeba, quebrando a escrita de 11 anos sem vencer o time do Morumbi no certame estadual. Jogo corrido, dificultado pelo gramado lamentável, teve bastante alternância no comando. Mas, no final, o melhor toque de bola do Palmeiras prevaleceu.
No dérbi, deu Ponte. Bom jogo, movimentado, disputado. Depois de 5 jogos sem vencer, a Macaca se vingou no Bugre, que amarga uma lanterna preocupante. Dominando largamente o primeiro tempo, a Ponte se lançou à frente no placar, garantindo o resultado. O Bugre melhorou na segunda etapa, mas não reverteu a desvantagem.
Nos pampas, o Grêmio se mantém como único invicto. Jogo fraco na primeira etapa, compensou na segunda, onde não faltaram emoções. O Santa Cruz partiu para a peleia e vendeu caro a partida. Marcação cerrada em Roger, dificultando a saída de bola. A alternância no domínio do jogo foi a tônica, com o Santa Cruz sempre se superando para empatar a partida. No fim, porém, prevaleceu a categoria superior do Grêmio.
O Inter superou o São José com dois gols de Marcão - lembram dele? Era obrigação depois do fiasco contra o Juventude. Não jogou lá essas coisas, mas acalmou a torcida com a classificação à segunda fase. Não foi fácil, já que o São José se fechou na retranca e não se abriu nem com o placar desfavorável. Ou seja, o jogo foi chato.
Aqui no Paraná, o Coxa suou mas venceu o Jotinha no Couto. Meteu 2x0 e lidera o grupo B, junto com o Toledo. Jogo equilibrado, com o Coxa um pouco melhor. A superioridade no placar levou à acomodação que, por sua vez, cedeu espaços ao adversário, que foi para o jogo... Aí apareceu Edson Bastos - de novo. Quando o jogo se encaminhava para o final, Rubens Cardoso cruzou rasteiro na área e Keirrison, que ia em direção à bola, foi derrubado por Diogo. Pênalti e placar definido.
Já o Furaquinho, não é mais aquele. Foi surpreendido pelo Paranyto em pleno meio-estádio. Foi a segunda vez que a equipe paranista derrotou o adversário como visitante, desde que a nova Arena foi semi-construída, em 1999. De quebra, o Furacão perdeu uma invencibilidade de 18 jogos dentro de casa. O Trétis agora é o lanterna do grupo, com nenhum ponto conquistado. O jogo começou truncado, com as equipes muito iguais. Aos poucos, o Paranyto ganhou corpo e dominou o jogo, explorando as beiradas do gramado. O Trétis, querendo reagir, pressionava sem entrara na área paranista. Chutava de fora da área, mas sem levar perigo à meta bicolor. Nos últimos minutos, o Furaquinho se lançou desesperadamente ao ataque, abrindo espaços para o contra-ataque paranista. Porém, o time não soube aproveitar as jogadas criadas e o resultado ficou no 'Paraná 1x0'.

Um comentário:

RITA disse...

puxa saco!!!