15 agosto 2012

Olim... piadas!

Acabaram-se neste final de semana os XXX Jogos Olímpicos da Era Moderna, realizados em Londres. Como de praxe, tivemos um desempenho pífio frente a países similares porte econômico. Ficamos ali no limbo dos "sub-desenvolvidos", atrás de "potências" como Cuba, Irã, Cazaquistão e outros fenômenos esportivos. Nada de novo, claro, mas impressiona a nossa incapacidade de organização em prol do esporte que, no final das contas, seria benéfico à população. E as críticas a esse ou aquele atleta ou esporte em particular, não fazem muito sentido, uma vez que o problema não é lá na ponta, mas na base. Não temos nenhum programa de incentivo real, que promova o esporte nas escolas, que é onde tudo começa. O apoio se resume a enfiar dinheiro em federações ou iniciativas isoladas que beneficiam este ou aquele atleta ou esporte. Uma visão míope e distorcida, assim como a promoção de cotas raciais ou sociais em Universidades. Ataca-se o efeito e não a causa. Um fiasco para um país que pretende ser mais que um grande mercado consumidor. O conceito de nação ainda passa longe das mesas em que se decide o caminho que trilhamos.
Talvez os únicos esportes que mereçam as críticas sejam o vôlei e o futebol masculinos. Ambos dotados de atletas de ponta, com os times principais (ou quase), desabaram nos jogos decisivos, ficando com a prata. O vôlei, pelo menos, enfrentou um adversário que se superou e virou o jogo de forma dramática, coisas do esporte. Os atletas russos evem ter gerado uma comoção nacional e a exaustão dos estoques de vodca na Rússia. Já o time de Mano Menezes não tem lá muita desculpa. Salvo umas 3 peças, o time é praticamente o principal. Enfrentaram o México, time organizado que se preparou para as Olimpíadas, verdade seja dita, mas, ainda assim, não convenceram muito em campo. Neymar apagadíssimo, Hulk é aquilo mesmo, Juan, zagueiro, um desastre. E Mano, bem, Mano ficou na defensiva. Precisa mostrar que tem algo a mais que as costas quentes de Andres Sanches. O jogo contra a Suécia, um amistoso, só evidenciou que Ramires entra no time - o que até os suecos sabiam.
No Campeonato Brasileiro, a 3 jogos do fim do primeiro turno, o Vaishco perdeu a chance de brecar a disparada do Galo. Jogo disputado, mostrou duas equipes empenhadas em ganhar. Deu Galo, mas foi na estica. E a maré favorável dá sinais de que pode ter fim. Começam os mexericos em torno de Ronaldinho Gaúcho, como era de se esperar, já que seu hábito de atrasar e deixar os treinos de lado teima em sobressair. Dessa vez a pendenga envolveu o presidente do clube, que teria dado uma dura no atleta. Veremos até quando vai esse namoro. O Flu assumiu a segunda posição depois de passar apertado contra o Parmêra, mas a diferença de pontos para o primeiro colocado deve aumentar, já que o time mineiro enfrentará o combalido Framengo. Hoje, jogar contra o Mengo é alegria quase certa.

Você sabia?
Se o seu palpite para o menor público de um jogo do Brasileirão é algum jogo do São Caetano, você errou. Em 1997, no Rio Grande do Sul, Juventude e Portuguesa passaram pela vergonha de jogar no estádio Olímpico para apenas 55 torcedores, enquanto 155.523 flamenguistas e santistas tiveram a oportunidade de acompanhar a decisão do Brasileirão de 1983, disputada pelas duas equipes no Maracanã - o maior público do campeonato nacional.

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa essa: até os suecos sabiam que o Ramirez ia jogar!

Do seu amigo Raul.

E outra: não é Parmeira, é Palmeiras!