C'est fini!

Acabou o Brasileirão 2011. Curíntia campeão, infelizmente. Vaishco vice, de novo. Trétis rebaixado, para alegria dos coxas-brancas. Coxa fora da Libertadores, aliviando o sofrimento atleticano.

Vimos um campeonato disputado até a última rodada, como nos últimos 4 anos. Ponto para a fórmula de pontos corridos, graças ao equilíbrio entre as equipes. Mas, falta mais brilho, mais "categoria", por assim dizer. Não só pela falta de melhores jogadores, ainda que alguns teimem em ficar. Também pela falta de adesão ao estilo brasileiro de jogar. Como dizem alguns, estamos ficando mais parecidos com os europeus dos anos 60, enquanto eles nos imitam. Some o toque de bola, entra a correria, a chamada "jogada vertical", o lance em profundidade. Perdemos a nossa identidade e o nosso diferencial, o toque de bola e a posse do melão.

O equilíbrio do certame provocou suspense até a última rodada. Nesta, não só o título se definiu, como também a classificação das últimas vagas pela Libertadores, a principal competição continental e, por isso mesmo, muito desejada. Nas 4 vagas, ficaram o Curíntia, campeão, o Flu, terceiro colocado, o Framengo, quarto, e o Inter, quinto. Que se somam ao Peixe, campeão da competição, e o Vaishco, ganhador da Copa do Brasil. Nessa lista, almejavam entrar o Coxa, o Figueira e os Bambis, que vacilaram e ficaram de fora, tendo de se contentar com a Sulamericana. Aí, acho que vale a pena ressaltar o fiasco do Coxa, que podia ter fechado um belo ano com chave de ouro, caso tivesse vencido a peleja contra o arqui-rival, na casa do adversário. Mas quem riu por último, ainda que caindo, foi o Furaquinho, que melou as pretensões coritibanas. E olhem que o Trétis já sabia que estava rebaixado, dado o resultado do clássico mineiro, com uma tremenda pinta de marmelada. Afinal, quem iria acreditar que um mirrado Cruzeiro iria enfiar tamanha goleada no Galo? Aí tem!
Agora as atenções ficam voltadas ao Mundial de Clubes da FIFA, com a expectativa da final entre Santos e Barcelona, do embate entre Messi e Neymar. Ninguém discorda que o Barça é favorito, mas o Peixe não é moleza. Time que pode fazer um belo jogo contra os catalães, ainda mais se o jogo de Neymar e Ganso encaixar. Porém, pelo que se vê, reforçado pelo desempenho do time azul-grená no clássico espanhol contra os merengues de Madri, o caneco deve ficar com os espanhóis. Veremos...
Post Scriptum

A conquista corintiana se deu exatamente no dia em que morreu o Dr. Sócrates, o Magrão, jogador que exibiu muita arte em campo, ainda que desacompanhada do porte atlético. Sócrates mostrou como jogar com a cabeça. "Não sou rápido, mas penso rápido", seria a frase marcante do outrora meia do Sport Club Corinthians Paulista e da Seleção Brasileira. E assíduo do Pinguim.

Especial da Folha
Especial Cartão Verde