24 dezembro 2010

Os títulos nacionais

A CBF anunciou oficialmente em seu site que aceitou o dossiê dos clubes brasileiros que pedem a unificação dos títulos nacionais no período de 1959 a 1970. Assim, unificaram-se os títulos nacionais, reconhecendo que o Roberto Gomes Pedrosa, a Taça de Prata e a Taça Brasil valem como o atual Campeonato Brasileiro. Com o 'rearranjo' de títulos, Palmeiras e Santos somaram quatro e seis conquistas ao seu currículo, respectivamente, e se tornaram os maiores campeões brasileiros da história, com oito conquistas, superando o São Paulo, que permanece com seis. Fluminense, Cruzeiro, Bahia e Botafogo também foram beneficiados, somando um título cada. O Tricolor passou a ter três conquistas, enquanto o tricolor baiano, a celeste mineira e o alvinegro do Rio de Janeiro, ficaram com duas.
A questão da unificação de títulos tem gerado muitas discórdias. Uma ala dos historiadores futebolísticos defende a tese de que apenas o Robertão (apelido dado ao Roberto Gomes Pedrosa) deva ser equiparado ao Campeonato Brasileiro. Mas também há quem diga que nenhum dos dois torneios estão no nível do atual nacional.
A unificação também gera uma 'aberração' histórica, pois em 1968 a CBF passa a reconhecer dois campeões brasileiros (Botafogo por ter vencido a Taça Brasil e Santos por ter conquistado o Robertão). Em 1967, a situação ainda é pior, pois é computado dois títulos ao Palmeiras, por ter faturado tanto a Taça Brasil quanto o Robertão no mesmo ano.
Obviamente que eram tempos distintos, torneios diferentes, com regras particulares, mas temos de convir que, à época, era o que havia de certame entre os times brazucas. Assim, como mérito, é legítimo considerarmos essa unificação como justa. Afinal, ninguém pode negar que o Santos de Pelé foi o melhor time já formado em terras tupiniquins. A Academia, do Palmeiras, vai no embalo, mas tem essa pendenga de dois títulos num mesmo ano, o que macula um pouco essa coletânea. Mas, de qualquer modo, fez por merecer.
Quem não gostou, embora continue sem razão, é o Framengo, que ainda reclama o título de 87. Muito embora todos saibamos que o melhor time era mesmo o rubro-negro carioca, regras são regras e devem ser respeitadas. O Framengo se recusou a cumprir o regulamento e, portanto, perdeu a chance de disputar o caneco, que foi justamente dado ao Sport. Assim, oficial e legitimamente, o campeão de 87 é o rubro-negro pernambucano. Claro que o time da Gávea vai estrilar e pretende tentar 'outras vias' para ter esse título reconhecido, mas acho difícil que logre êxito.
É a mesma lógica que vai sempre questionar o Flu, por ter subido direto da 3ª à 1ª. Antes que os vigaristas de plantão reclamem, sim, eu também condeno o Flu por ter subido direto da Terceirona à Primeirona. Esse tipo de 'malandragem' só prejudica o futebol, mas é rotina nessas plagas - e não só no futebol.

OS TÍTULOS INCLUÍDOS
Taça Brasil
1959 – Bahia
1960 – Palmeiras
1961 – Santos
1962 – Santos
1963 – Santos
1964 – Santos
1965 – Santos
1966 – Cruzeiro
1967 – Palmeiras
Robertão e Taça de Prata
1967 – Palmeiras
1968 – Botafogo
1968 – Santos
1969 – Palmeiras
1970 – Fluminense

6 comentários:

Bruno disse...

Acho que o espírito de Natal te contgiou com esse momento de lucidez em relação à trambicagem que beneficou o time de passado racista, conhecido como "pó-de-arroz"

Anônimo disse...

TODOS CONTRA O FLAMENGO !!! SÓ ASSIM MESMO CAMBADA !

Rômulo disse...

Ser contra o Framengo é questão de civilidade, de honra nacional!

Rômulo disse...

Bruno, devo lembrar que a 'trambicagem' foi articulada pelo teu presidente, Eurico Miranda! E o passado racista é partilhado por boa parte da humanidade, não?

RICA disse...

tõ totalmente por fora de futebol...agora só me interessa a libertadores...aprendi q nenhum homem gosta de mulher q curte futebol demais hahahaha.beijos seu lindo!

Anônimo disse...

Essa unificação é ridícula.