02 agosto 2010

A pedidos

Segundo o 'Instituto de Pesquisas Bastos e Barros', 70% dos meus leitores é da nação coxa-branca, que pede que eu escreva sobre o Coritiba Football Club. Assim, lá vai...
O Coxa é o atual líder da Série B, após bater o lanterna Vila Nova com um gol solitário de Marcos Aurélio e contando com o desempenho surpreendente do Paraná frente ao Náutico, então o único com condições de superar o clube curitibano no certame da Segundona. Náutico que, na minha opinião, nunca mais poderia sair da 2ª Divisão depois do fiasco da 'Batalha dos Aflitos'. Mas, o Coxa saboreia um bom momento, torcendo para que perdure a boa fase, que deve melhorar quando o alvi-verde puder voltar a jogar no Couto Pereira, após a interdição imposta pela barbárie na queda à Segundona. O time até que vem fazendo seu papel, mas tem pecado nas conclusões. Rafinha admite a falha e, claro, promete melhorar - até porque, piorar, não dá! Mas, acho até que o Coxa consegue subir de volta à Série A sem grandes sustos.
O time do Alto da Glória sofre com a falta de tranquilidade de seus atacantes, mas, a meu ver, a grande chaga do clube é na cartolagem. O Coxa ainda pena para conseguir administrar seus (parcos) recursos e não sai da mesmice de 'time médio' em termos administrativos. Gostem os coxas ou não, o Trétis conseguiu se sobressair nesse quesito (vejam, por exemplo, a entrevista de Malucelli à Gazeta aqui), principalmente na gestão Petraglia, quando o clube alcançou um título nacional, obteve destaque e arrebatou dinheiro de forma muito mais profissional que o rival. Nem vou falar das gatunagens... Já o Coxa, permanece com a mentalidade de 'clube', sem gerar receita suficiente para as despesas que a 'empresa' Coritiba demandaria. Obviamente que o Coxa não é o único exemplo no Brasil, nem mesmo no Paraná, mas é marcante a diferença entre o saudável avanço administrativo que o Atlético obteve e a estagnação coxa-branca no tema. Acho muito difícil o clube avançar sem uma reformulação administrativa, voltada a resultados e num modelo mais 'empresarial', por assim dizer. Ficar sonhando enquanto os empresários fazem dinheiro, é tolice.
Vejam, por exemplo, o Paranito, que passa por uma crise financeira nunca antes vista na Vila Capanema. Mesmo os dirigentes da velha guarda estão bastante preocupados com a situação caótica em que o clube se enfiou. Aramis Tissot, um dos fundadores do bicolor do Paraná, é um que já pensa em se afastar e clama por ajuda. E é bem por aí que o bicho pega: não há ajuda. O que deve haver é um plano de orientação empresarial! Achar que pacote de ajuda resolve, é muita ingenuidade. O tal plano de vender ingressos mais caros (isso, mais caros) para os que tenham interesse em ajudar o clube, obviamente naufragou. Enquanto não pensarem no clube como empresa, ao invés de mera associação, vamos ficar vendo instituições como o Flamengo ou o Corínthians, potências mercadológicas inquestionáveis, sofrendo com falta de dinheiro em caixa e devedores da União. Inadmissível.

2 comentários:

Marcelo Bento disse...

Ok Ok>
O COXA não seria diferente dos times do futebol nacional: administração NADA PROFISSIONAL, com raras exceções.

O que importa é que o FLU é LIDER...

Anônimo disse...

Viu Rômulo

É só comentar sobre um time de futebol relevante, que tem comentários no seu blog.