17 agosto 2008

Céu cinzento

O mar não está para o Peixe. O time experimenta uma fase onde nada dá certo. Via de regra, joga mal. Quando faz uma partida razoável, cede o empate ou, pior, toma a virada. Agora, azedou de vez com a contusão gravíssima de Maikon Leite, nesse jogo contra o Framengo. As fotos são horripilantes, dessas de encolher os dedos. O time foi melhor, dominou o jogo (tanto que Bruno se destacou), mas não era dia do time de branco. Quem leva um gol daqueles, com a bola desviando em dois antes de balançar o barbante, tem de reconhecer que deveria ter ficado em casa. Isso para não falar do penal mal contado que a arbitragem marcou. Nem os gols de Kléber Pereira, que o deixaram na artilharia do certame, bastaram para apagar o gosto de derrota com o empate. O lançamento primoroso de Michael para o segundo gol de Kléber foi à là Rômulo. A diferença é que o negão entendeu a jogada, ao contrário do Digão...
Cena horrível!
Já quem tem a vida mansa é o Grêmio. Bateu os Bambis no Olímpico com um gol bastante irregular e mantém a pose. Verdade que o tricolor dos pampas foi superior ao do Morumbi, mas num jogo prejudicado pelo gramado encharcado e marcado pelo gol irregular. Um impedimento que nem precisaria de muita atenção do Bandeira, mas o camarada ficou olhando a bola ao invés de perceber a jogada. Pior para os Bambis, que ficam distantes do topo da tabela. Legal foi ver o Dagobelho levar um vermelho...
Já o impedimento do gol que seria o empate do Galo contra o Flu foi acertadadamente anotado. Apesar da boa estréia de Cuca, finalmente sem um uniforme preto-e-branco, o problema de ataque do Flu continua. Dodô, Uóshton e Somália não são lá muito confiáveis. É sempre um ataque meia-boca. Mesmo com o golaço de hoje, em belo passe do Cardíaco para a entrada de Dodô, o Flu perdeu chances que poderiam fazer muita falta. Já o Galo, este caminha rumo à parte de baixo da tabela.
A arbitragem erra e acerta como todo mundo. Mas, como está lá para decidir, sempre leva fumo de alguém. E Luxeba é craque em ficar reclamando da arbitragem. Acho que só perde para o Leão. Dessa vez, reclamou tanto que será julgado pelo excesso. Mesmo com o Parmêra ganhando, o treinador vedete não se acalma. O Coxa bem que tentou, mostrou futebol, mas sucumbiu no finalzinho, em uma desatenção da zaga. Já o time do Parque Antártica parece que assimilou bem a saída do chileno. Veremos como o time se comporta na próximas.
O outro paranaense, o ex-rubro-negro Trétis, agora alvi-rubro, enfiou cinco no lanterna Ipatinga. Nada mais que a obrigação - a mesma que o Flu não cumpriu. Assim, o time da Baixada respira um pouco mais longe da ZR, embora a situação não seja lá muito confortável.
Quem parece surfar em boas ondas é o Botafogo, que vive uma ascendente desde que Nei Franco baixou no pedaço. Como não é a primeira vez que o mineiro mostra, tudo leva a crer que se trata de um cara eficiente. Nei Franco dá mostras de que um bom técnico não precisa de estrelismos para montar um time competitivo. Tá certo que ganhar do Sport na Ilha do Retiro já foi mais difícil, mas, ainda assim, não é de se desprezar.
O vexame da rodada ficou por conta do Inter, que levou um sacode-Iaiá firme do Vaishco. Clemer se inspirou em André Gonzo e meteu uma rosca na bola, balançando o barbante do próprio time. O time colorado já inspira uma mudança no lema da ARENA: "onde a ARENA vai mal, um time no Nacional" era o mote do partido da Ditadura para promover o convencimento das massas. Já com o Inter, o lema mudou para "se o time vai mal, chame o Internacional". O trio ofensivo D’Alessandro, Daniel Carvalho e Nilmar, do
time rubro dos pampas, simplesmente não funcionou.

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